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Estado intensifica ações contra leishmaniose em Rondonópolis

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A Secretaria de Estado de Saúde, em parceria com os municípios que apresentaram casos de Leishmaniose Visceral, desenvolvem ações preconizadas pelo Ministério da Saúde no enfrentamento e bloqueio da doença. Em 2007, Mato Grosso confirmou 30 casos, com 8 óbitos. Desse total, 4 ocorreram em Rondonópolis, um em Várzea Grande, um em Paranaíta e dois em Cuiabá.

Rondonópolis tem, neste momento, a atenção total das Vigilâncias do Estado e do município pelo fato de que, dos 30 casos ocorridos em 2007, 13 foram confirmados no município. Neste mês foram notificados 4 casos de ocorrência de Leishmaniose visceral, sendo destes, 3 em Rondonópolis e um em Várzea Grande. Dois dos casos evoluíram para óbito, uma morte foi confirmada como sendo de Leishmaniose Visceral e a outra ainda sob investigação. Os óbitos deste ano ocorreram no município de Rondonópolis.

Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Conceição Villa, as equipes técnicas do Estado e do município estão realizando ações conjuntas em Rondonópolis acordadas com o Ministério da Saúde. “No município, de acordo com os trabalhos realizados, foi verificado que as ocorrências estão acontecendo na região Noroeste, nos bairros Jardim Pioneiro, Jardim Liberdade, Vila Castelo, Vila Iraci, Santa Fé, entre outros. Nessa região já foram feitos o controle químico, a busca ativa de casos, acompanhamento dos casos, tratamento e diagnóstico e foi realizado inquérito canino na busca de cães soro reagentes, além de alertara a classe médica para o diagnóstico imediato da doença. A Vigilância Epidemiológica de Rondonópolis está desenvolvendo ações educativas e alertando a população para os cuidados com o armazenamento e destinação do lixo, assim como a limpeza dos quintais bem como orientações básicas de observação dos cães com sintomas da doença. As equipes técnicas estão permanentemente vigilantes no sentido de avaliar as estratégias e traçar novas no combate à doença”, disse Conceição Villa

A superintendente informou ainda que as mesmas medidas tomadas em Rondonópolis estão sendo estendidas a outros municípios que tiveram ocorrências em 2007 como Alto Araguaia, Barão do Melgaço, Barra do Garças, Cáceres, Canabrava do Norte, Chapada dos Guimarães, Cuiabá, General Carneiro, Jaciara, Juscimeira, Luciara, Mirassol D’Oeste, Nossa Senhora do Livramento, Novo São Joaquim, Nobres, Nova Brasilândia, Peixoto de Azevedo, Poconé, Poxoréo, Primavera do Leste, Rondonópolis, Rosário Oeste, Santo Antonio do Leverger e Várzea Grande.

“Nesses municípios é feito também o controle vetorial e inquérito canino, coleta de sangue nos cães”, ressaltou Conceição.

A Leishmaniose Visceral é uma doença de transmissão silvestre, pelo inseto Flebotomíneo, com característica de ambientes rurais, mas que, ultimamente, está evoluindo para invadir áreas urbanas e peri-urbanas. Segundo Conceição Villa, levantamentos entomológicos realizados entre 1996 e 2005 encontraram, em Mato Grosso, as espécies de Flebótomos, dentre elas as lutzomyia longipalpis e lutzomyia cruzi, ambas sendo identificadas como as principais transmissoras da doença.

A população, em geral, conhece o inseto pelos nomes de Mosquito Palha, Cangalhinha, Asa Branca e Tatuquira, dentre outros. O animal tem preferência por viver em matas e locais com pouca luz, úmidos e que tenham matéria orgânica (fezes de animais, folhas em decomposição, lixo acumulado, etc.).

Após a picada pelo inseto a doença tem um período de incubação de dois a três meses para se manifestar, mas os sintomas podem aparece entre 15 dias a mais de um ano. Alguns deles são: febre irregular por longos períodos, anemia, palidez, emagrecimento, fraqueza, problemas respiratórios, tosse seca, diarréia e, em casos mais graves, sangramento na boca e nos intestinos (sangue nas fezes, por exemplo). A Leishmaniose é uma doença que tem cura e o tratamento pode ser encontrado nas Unidades de Saúde sem qualquer custo.

Conceição Villa disse que a pessoa não precisa esperar todos os sintomas se manifestarem. “Mesmo que o usuário do SUS sinta apenas febre irregular por um período prolongado, digamos, por mais de uma semana, seja trabalhador rural, morador em áreas de assentamento ou Peri – urbana, deve procurar a Unidade de Saúde mais próxima de sua casa para verificar se não está com Leishmaniose Visceral”, recomendou.

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