A secretaria estadual de Saúde confirma dois casos de sarampo no município de Guarantã do Norte – uma mulher de 30 anos e um homem de 31. Desde 1999 não eram registrados casos da doença em Mato Grosso. A coordenadora da Vigilância Epidemiológica Estadual, Alessandra Moraes, investigações estão em andamento para saber se essas pessoas contraíram o vírus em Mato Grosso ou Amazonas e Roraima, que já registraram centenas de casos de sarampo.
A secretaria já solicitou o bloqueio vacinal no município e alerta para que se intensifique a vacinação da tríplice viral. O mesmo alerta foi enviado para os 16 Escritórios Regionais de Saúde do Estado. “O município já começou o bloqueio e a orientação é para que os moradores que não estão com o cartão de vacina atualizado procurem a unidade de saúde mais próxima”, aconselhou a coordenadora.
A secretaria também está comunicando as ocorrências de sarampo em Mato Grosso à secretaria de Turismo para que emita alertas aos viajantes e também está programando uma web aula de Vigilância, Imunização e Laboratório para os profissionais da rede SUS.
“Alertamos aos viajantes, turistas, estudantes, migrantes, quando há intensificação de viagens internacionais para os países e mesmo em deslocamento nacional para os estados com surtos quanto a esta situação, com maior risco de exposição”, diz o documento emitido esta tarde.
A Vigilância Epidemiológica Estadual alerta que o sarampo é uma doença viral altamente contagiosa, podendo evoluir com complicações graves e óbitos. A doença é transmitida por meio das secreções expelidas pelo doente ao falar, tossir e espirrar. A vacina tríplice viral é a medida de prevenção mais segura e eficaz contra o sarampo, protegendo também contra a rubéola e a caxumba.
De acordo com o Programa Nacional de Imunização (PNI), para prevenção, recomenda-se que os viajantes tenham suas vacinas atualizadas antes de viajar (preferencialmente com antecedência de 15 dias).
A vacina tríplice viral é recomendada inclusive para crianças de seis meses a um ano. A dose administrada nesta faixa etária, menor de 1 ano, não será considerada válida para o Calendário Nacional e Estadual de vacinação, devendo ser agendada a administração de dose da Tríplice viral (SRC) para os 12 meses e da Tetraviral (SRCV – sarampo, rubéola, caxumba e varicela) para os 15 meses de vida.
A secretaria de Saúde reforça que se consideram vacinadas até 29 anos de idade pessoas com duas doses completas. Com 30 anos ou mais uma dose, considera-se completamente vacinado. Toda dose informada deve ser comprovada através dos registros no cartão de vacinação ou cartão espelho. A vacina Tríplice Viral-SRC não é recomendada para as crianças menores de 6 meses, gestantes e indivíduos que apresentem contraindicações médicas. A assessoria acrescenta que é importante reforçar a vacinação de profissionais que atuem no setor de turismo, motoristas de táxi, funcionários de hotéis e restaurantes, e outros que mantenham contato com viajantes, imigrantes, bem como os profissionais de saúde.