Ontem de manhã, a diretora do Escritório Regional de Saúde, de Sinop, Ana Carolina Roika, acompanhada de um supervisor técnico de sua equipe, esteve avaliando a situação da dengue no município de Lucas do Rio Verde e disse que não há motivo para pânico, visto que a campanha que vem sendo desenvolvida tem impedido que a doença vire uma epidemia com conseqüências bem mais sérias.
“Não existe razão para alarde. O que temos aqui são surtos, ou seja, focos localizados, embora em grande número, mas ainda isolados”, declarou a diretora responsável pela fiscalização das ações desenvolvidas em 17 municípios do Médio-Norte. Embora todos eles tenham registros da doença, apenas Sinop e Lucas do Rio Verde apresentaram a confirmação de febre hemorrágica – um caso em cada município.
Segundo ela, por se tratar de uma área endêmica, a região é muito propícia ao surgimento de dengue, malária e outras doenças e, por isso, as campanhas precisam contar com o envolvimento da mídia e de toda comunidade. “Estamos falando de saúde coletiva, algo muito além de conceitos de saúde pública ou privada, e todos os profissionais têm o dever de notificar a secretaria sobre qualquer suspeita ou caso confirmado”, frisou.
Para Roika, por enquanto, os registros de focos, os índices prediais e a avaliação ambiental ainda descartam a necessidade de aplicação de fumacê ou de outras ações químicas radicais para combater o mosquito transmissor da doença. Conforme os últimos dados da Secretaria Municipal de Saúde, até agora foram comprovados mais de 30 casos e existem mais de 200 pessoas com suspeita de terem sido infectadas.