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Dengue provoca superlotação em Hospital Regional de Sorriso

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Profissionais da área da saúde do município de Sorriso e do Hospital Regional participaram de uma reunião, na quarta-feira, para buscar uma aproximação entre médicos dos PSFs, do CREM – Centro de Referência em Especialidades Médicas e do próprio hospital que enfrenta uma superlotação, principalmente no PA – Pronto Atendimento – devido ao aumento nos casos de dengue. Somente num turno, o hospital chegou a atender ontem 195 pacientes, sendo que somente no PAforam 90 pacientes. Segundo a direção da unidade, muitas vezes atendem-se 3,4 pacientes de uma só vez, prejudicando a qualidade dos serviços.

A diretora geral do Hospital Regional, Rejane Potrick Zen, falou que este “encontro tem a proposta de melhorar o atendimento para buscar minimizar essa demanda, diminuir a procura na emergência do hospital, porque quando atendemos pacientes no Pronto Socorro, eles devem vir encaminhados para urgência e emergência. São pacientes que requerem atendimento mais intenso. A população está muito assustada e busca atendimento em todas as unidades de saúde. Nós estamos querendo que os profissionais médicos da rede municipal façam uma triagem e só encaminhem ao hospital os pacientes muito graves para dar um atendimento que ele realmente necessita e que vai fazer a diferença na vida dele. Desta forma como está, superlotado, com 90 pacientes no Pronto Socorro, onde comportam apenas 28, nós não conseguimos dar um bom atendimento, pelo contrário”.

Foram discutidos diversos assuntos, entre eles, número de profissionais plantonistas, realização de exames, para tentar diminuir as deficiências da rede, e consequentemente os problemas. Não se chegou a uma solução definitiva, mas sim algumas alternativas possíveis, como por exemplo, um levantamento dos encaminhamentos e prontuários dos pacientes para se checar se realmente estão sendo enviados ao hospital aqueles casos mais graves.

O Hospital Regional de Sorriso atende pacientes de 15 municípios que compõem o polo regional de saúde, mas a demanda ainda é do município sede. A diretora lembrou que outras cidades encaminham pacientes por meio de regulação. “Além do encaminhamento escrito, os médicos dos outros municípios da região ligam para o hospital e informam ao plantonista que estão enviando paciente. Aqui em Sorriso, o paciente passa pelo PSF ou no CREM e o médico faz o encaminhamento por escrito. Como Sorriso é o município sede, utiliza bem mais que as outras regiões”.

Pelo fato de Sorriso ainda não possuir um hospital municipal, o Regional acaba absorvendo essa demanda pela falta dessa estrutural. Além disso, a estrutura ambulatorial também é precária e diante desse quadro, o município acaba utilizando também a estrutura do hospital para soroterapia (medicação, repouso e observação).

O secretário de Saúde, Ednilson de Oliveira, afirmou que já foi feito convênio com um laboratório para realização de exames em feriados e à noite. “Foi efetuado um pregão em janeiro para atender nossos pacientes. Conversamos com o laboratório para que ele atenda também no período noturno, sábados, domingos e feriados”.

Também foi citada a dificuldade em relação ao município não possuir um médico com especialidades em pediatria. “Já temos autorizado há tempos, mas não encontramos profissional. Buscamos até mesmo em São Paulo, mas é difícil trazer um profissional da pediatria pra cá”.

Já está aprovada também para Sorriso uma UPA – Unidade de Pronto Atendimento. “Já está no PDR federal onde Sorriso é aprovado com UPA, com Samu. Foi uma vitória nossa juntamente com o Corpo de Bombeiros em fevereiro. Já inclusive aprovado em CIB estadual. Estamos na fase de elaboração do projeto, é uma transferência fundo a fundo, independe de política pra isso, sendo aprovado em Brasília, automaticamente, o recurso já virá e nós iniciaremos a construção, é algo que não tem volta”, finaliza o secretário.

 

(Atualizada às 14:39h)

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