A Secretaria de Estado de Saúde (SES) não dará apoio financeiro para garantir o atendimento no Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) anunciou que pediria ajuda ao Estado de R$ 500 mil ao mês para contratar cirurgiões com intuito de garantir atendimento a pacientes cirúrgicos.
A SES garante que ainda não foi notificada oficialmente sobre pedido da Capital, mas mas adianta que não pode arcar com o pagamento de funcionários da folha do município, destacando ainda que a saúde do Estado não se resume ao Pronto-Socorro de Cuiabá e que a secretaria atua em várias frentes da saúde pública. Os funcionários devem ser pagos com dinheiro repassado ao município. No caso da saúde, a quitação da folha de pagamento deve ser feita com os 15% repassados a Cuiabá.
O anúncio frequente feito pelo prefeito da Capital, Wilson Santos, que não pode incorporar o prêmio pago aos médicos por se tratar de verba repassada pela SES será investigado pelo Estado e pelo Ministério Público. O dinheiro repassado ao município é para garantir atendimento e não para pagamento de funcionários.
Sobre a negativa da SES, a SMS lamenta a decisão do Estado que afirma não ter como ajudar o Pronto-Socorro que sempre recebeu pacientes de todo Mato Grosso. A Secretaria entende como uma "insensibilidade" a resposta da SES.
Desde o dia 1º de outubro, 24 cirurgiões deixaram o atendimento do PS que conta atualmente somente com 3 médicos que atuam nesta especialidade. Ontem, mais 20 pediatras deixaram os plantões depois de pedirem demissão dos cargos. Os pacientes são encaminhados para as policlínicas e hospitais particulares de Cuiabá, conforme decisão do MP.