O número de crianças atingidas pelo vírus da catapora aumentou 64% no mês de julho na Capital. Os dados são do Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá que registrou 18 casos em 2007 e 50 no mesmo período de 2008. Conforme a Secretaria Estadual de Saúde, a cada notificação, existe cerca de 10 pacientes que tiveram a doença, mas não procuraram o sistema público de saúde.
Na creche municipal Bendita Dias Evangelista, localizada no bairro Pedregal, cerca de 10 das 60 crianças matriculadas estão doentes e foram afastadas das aulas. No Centro de Saúde que atende a comunidade no bairro do Leblon, a diretora, Marilia Gimenes, diz que não sabe o número exato de crianças doentes na região, mas no dia da vacinação contra rubéola, existiam várias na fila e foi preciso fazer a dose em um ambiente separado para evitar o contágio.
A vacina não está incluída na rotina de vacinação. A doença costuma aparecer entre os meses de junho e setembro, no período de seca porque o clima facilita a expansão do vírus, que aparece em ciclos como a dengue.
Os sintomas são febre a manchas avermelhadas na pele, que espalham se pelo corpo quando o doente coça. O paciente não corre risco de morte e fica imunizado após a ocorrência.
Em alguns locais, como em territórios indígenas, a dose é disponibilizada pelo governo porque já apareceram mutações do vírus, que causam sintomas mais fortes nas pessoas atingidas. Outro público que tem direito a vacina são pessoas com doenças e síndromes congênitas.
O contágio ocorre entre o período de febre e o aparecimento das primeiras mancha. O processo dura aproximadamente 4 dias e o paciente precisa ficar afastada das atividades habituais para não contaminar outras pessoas.
A inclusão da vacina no programa nacional de vacinação depende da quantidade de registros.
Segundo a enfermeira, o primeiro passo para o acréscimo é a comprovação dos casos. A incidência da doença justifica a necessidade da imunização, mas como muitos não são registrados, é difícil conseguir a implantação pelo governo federal.