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Comerciante que ficou mais de 120 dias internado devido a Covid tem alta e volta para Sinop; família faz rifa

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Só Notícias/Luan Cordeiro (fotos: Luz Filmes)

Quatro meses de angústia, e tristeza, mas com muita fé, agora dão lugar para o sorriso, felicidade irradiante, e uma gratidão imensurável a Deus. Assim pode ser resumida a situação da família do comerciante Edivam Sôffa, conhecido como ‘Bode’, de 57 anos, que permaneceu mais de 120 dias internado em decorrência da Covid, contraída em maio deste ano, e que recebeu alta esta semana.

Internado num hospital particular de São Paulo desde o dia 13 de junho, a chegada em Sinop, ontem, foi marcada por emoção e choro, mas dessa vez, de alegria. Diversos amigos e familiares recepcionaram Edivam no aeroporto, com cartazes e camisetas estampadas com sua foto.

Ao Só Notícias, a filha Raíssa Sôffa lembrou como foi a decisão de levar o pai à São Paulo, mesmo com os altos custos do tratamento. “Era a única chance que tinha de sobreviver, precisava de um pulmão artificial (ECMO), que não temos aqui na cidade, então precisou ir para um lugar que teria. Esse local teria que vir buscar meu pai, porque não tinha condições de transporte, e este hospital é o único no Brasil que busca o paciente com pulmão artificial”, contou.

Além da necessidade do ECMO, outras complicações surgiram no decorrer dos dias. “Ele também usou um rim artificial, um coração artificial, teve infecção generalizada, falência dos órgãos, então teve muitas complicações. Ficou mais de 60 dias intubado, 58 dias sedado, mas a gente nunca perdeu a fé, porque eu falo que para Deus nada é impossível, então sempre rezamos com muita fé e certeza que iria se salvar”.

O tratamento avançou, e quando estava próximo de receber alta, a família passou por mais uma provação. “Estourou uma úlcera no estômago dele, por três vezes, e foi o que atrasou a saída do hospital. Essa úlcera acontece por conta da quantidade de medicamentos que tomou, muito estresse, ansiedade, porque quando acordou ele não falava, só mexia o olho, então isso gerou muita angustia, e ocasionou essa ferida. Meu pai teve que passar por vários procedimentos, tomou mais de 20 bolsas de sangue, foi bem grave também, mas conseguimos superar”, emendou Raíssa, lembrando que o último procedimento para tratar a úlcera foi feito há 20 dias.

Agora com alívio, a biomédica também lembrou da promessa feita ao pai. “A intenção sempre foi salvar meu pai do que fosse preciso, porque foi uma promessa que fiz antes dele ir para UTI. Quando estava no quarto já ficando ruim, estava desesperado porque não queria ser intubado, e eu prometi para ele que iria fazer de tudo, nem que precisasse o levar para um hospital melhor, com o melhor médico, eu iria fazer o que pudesse e conseguisse”, disse.

Edivam chegou a ficar com mais de 75% de comprometimento no pulmão, e agora continuará fazendo reabilitação em casa. “Graças a Deus deu tudo certo. Com isso, o médico liberou para vir para casa e fazer reabilitação, com fisioterapia, já que ainda não anda, não senta. Agora vão alguns meses, é uma caminhada longa até ele conseguir, mas o pior já passou, graças a Deus”, ressaltou.

Os custos da internação, exames, medicamentos, dentre outros, passaram de R$ 3 milhões, e a família ainda precisa pagar cerca de R$ 1 milhão ao hospital. Para isso, uma rifa está sendo vendida, com valor de R$ 50 o número. Serão sorteados uma Honda Start, duas novilhas, e uma bezerra. O sorteio será no próximo domingo (3).

No mesmo dia, será promovido o evento ‘Café com Moto’, em um bar no bairro Aquarela das Artes. A ação contará com apresentação de quatro bandas, venda de hambúrguer durante todo o dia, churrasco na parrilla, além de exposições.

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