sexta-feira, 19/abril/2024
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Caramujo africano causa contaminação perigosa em Tangará da Serra

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Em todo Brasil, Ibama e prefeituras irão realizar a coleta e eliminação adequada dos caramujos. As campanhas serão itinerantes e realizadas nos bairros onde forem detectados os moluscos invasores. A orientação é para que os próprios moradores façam o recolhimento dos moluscos e, utilizando luvas descartáveis para que não tenham contato com o caramujo, os coloquem em recepientes com tampa.

Para exterminar este caramujo, é necessário queimá-lo completamente, pois, caso contrário, os vermes continuam no local.
A Vigilância Sanitária Municipal de Tangará da Serra vem recebendo inúmeras solicitações quanto às orientações e procedimentos a serem adotados em casos de infestações do Caramújo Gigante Africano (Achatina Fulica), devido à incidência nesta época do ano, em decorrência das chuvas e do clima quente.

Segundo, Carla Araújo Pereira, médica veterinária e coordenadora da vigilância sanitária municipal, o Caramuújo Africano foi introduzido no Brasil como substituto do legítimo Escargot (iguaria muito apreciada na França).
“A falta de mercado para consumo da carne do caracol, gerou infestações ambientais desta espécie em diversos municípios do país, colocando em risco a saúde da população e acarretando danos à agricultura”, afirmou Carla.

Ressaltou que “este pode ser diferenciado de outras espécies de caramujos por possuir listras amarelo-alaranjadas e musculatura preta, possui o hábito de se localizar em lugares altos, como árvores, arbustos, muros e paredes”.
O caramujo africano é uma espécie exótica, invasora, extremamente voraz e representa atualmente, a segunda maior causa de perda de biodiversidade no Planeta, só perdendo para os desmatamentos, alimentando-se de tudo que aparece pela frente: folhagens, frutos, tintas de parede ataca e destrói plantações e compete por espaços com outros moluscos da fauna nativa, podendo levá-los à extinção.

A Vigilância Sanitária alerta para o risco que esta espécie representa para a Saúde Pública, pois o devido ao Caramújo Gigante Africano não possui predador natural e, principalmente, é transmissor de duas doenças: a primeira é a Angiostrongilíase Meningoencefálica Humana cujos sintomas são dor de cabeça forte e constante, rigidez na nuca e distúrbios do sistema nervoso. A segunda é a Angiostrongilíase Abdominal, cujos sintomas são: dor abdominal, febre prolongada, anorexia e vômitos, causada por verme que pode levar as pessoas, animais domésticos e de criação a óbito, em decorrência de perfurações e conseqüentes hemorragias intestinais.

As medidas de prevenção e controle a serem adotadas são: lavar bem as mãos antes da ingestão de bebidas e alimentos; somente pessoas adultas devem efetuar a coleta dos Caramújos Africanos, utilizando de luvas descartáveis e sacos plásticos; o acúmulo de entulhos favorece a proliferação do Caramújo Achatina Fulica e outras pragas nocivas à saúde; nunca deve-se utilizar pesticidas para eliminação dos mesmos, pois podem contaminar os animais e o próprio homem, explicou Carla.

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