O número de pessoas picadas por cobras em Nova Mutum está preocupando as autoridades de saúde pública. Somente no último mês foram 6 casos e sobe para 16 o número confirmado desde janeiro. Entre os peçonhentos que mais tem atacado estão jararacas e a cascavéis, répteis bastante característicos da região .
De acordo com a enfermeira Simone Menolli, que integra a equipe da Vigilância Epidemiológica, o número de casos aumentou no último mês, por trata-se de um período de acasalamento. “Os répteis andam mais e acabam invadindo espaços freqüentados por humanos”, disse. Todos os casos registrados este ano foram em comunidades rurais, assentamentos e fazendas. Na última semana, ocasião em que um homem foi atacado por uma cascavel, a gravidade exigiu a sua transferência para Cuiabá.
“A nossa orientação é para que as pessoas sejam mais cuidadosas ao entrar em regiões de mata, ao manter contato com a natureza, subir em árvores. Na última semana uma mesma cobra acabou picando duas mulheres que apanhavam frutas em uma árvore no pomar”, exemplificou Simone. Faz parte das orientações também a busca imediata por auxílio médico no caso de ser picado. “Em hipótese alguma se deve mexer no local. Isso pode acabar comprometendo ainda mais a situação”, falou.
Dependendo da espécie da cobra é o soro anti-ofídico que deve ser aplicado. No caso de jararacas, urutus e caiçaras é o soro botrópico. Para as cascavéis de uma forma geral é o crotálico; surucucus e picos de jaca, o laquético e em pessoas picadas por cobra coral, que é a mais perigosa, aplica-se o soro elapídico. “Aqui em Nova Mutum os soros que são disponibilizados pelo Ministério da Saúde, ficam armazenados sempre em quantidade suficiente no Hospital Albert Sabin”, explicou.
(Atualizada às 18h48)