A previsão do responsável técnico da Ala Oncológica do Hospital Santo Antonio de Sinop, o médico oncologista Airton Rossini, é que até meados de agosto os atendimentos ambulatoriais sejam iniciados, ou seja, as seções de quimioterapias já deverão ser realizadas. “Existe uma série de documentos que o hospital tem que repassar a Secretaria de Saúde, para que os atendimentos sejam liberados, é um processo burocrático longo. Talvez consigamos adiantar esse processo e os atendimentos iniciem no início do mês, mas nossa previsão é por volta de meados de agosto e só com os atendimentos ambulatoriais”, disse, ao Só Notícias.
Segundo ele, serão feitas as seções de quimioterapias mas os pacientes ainda não poderão receber os atendimentos referentes as internações. “O que está faltando é o mobiliário da ala, como macas, poltronas para os pacientes, móveis de consultório, esse tipo de coisa. Os equipamentos necessários para uma ala oncológica não são equipamentos complexos, pois 99% dos casos necessitam apenas da quimio e não da internação. Já para atender àqueles pacientes que necessitem ser internados, precisamos de uma estrutura mais reforçada, o que acredito que logo após os atendimentos ambulatoriais seja viabilizada, para podermos oferecer um atendimento completo aos doentes”, salientou.
Só Notícias apurou que os medicamentos e materiais, como seringas e agulhas, serão de responsabilidade do Hospital Santo Antonio. Não existe, ainda, uma previsão de quantos pacientes devem ser atendidos, o que existe é uma lista de cerca de 150 a 200 pacientes de Sinop e região que se deslocam até Cuiabá para fazer o tratamento oncológico disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que deverão passar a serem atendidos em Sinop.
“Os pacientes não são obrigados a transferir o tratamento para Sinop. O que vamos fazer é um comunicado às Secretarias Municipais de Saúde, avisando do início da quimio aqui e então o paciente é quem vai decidir o que fazer. Os custos serão bem menores para as prefeituras, que têm que custear as despesas dos pacientes, pois em Sinop esses valores são menores do que em Cuiabá”, completou Airton.
O médico informou ainda que se for necessário algum tipo de atendimento mais complexo, como uma intervenção cirúrgica, o paciente será encaminhado para o centro de alta complexidade na capital. “Eu não posso, por exemplo, realizar uma cirurgia de retirada de órgão sem uma estrutura de UTI, então o paciente será levado até Cuiabá. A partir do momento que tivermos a UTI instalada aqui esses procedimentos mais complexos serão feitos aqui, sim”, acrescentou, otimista.
Após a realização das quimioterapias, o hospital tem um projeto que deverá ser implantado em cerca de um ano e meio ou dois anos, é a construção de uma estrutura que disponibilize seções de radioterapia.