Além de confessar a propina que recebeu, Riva revelou que os ex-secretários estaduais Pedro Elias e Pedro Nadaf sabiam que era discutido com o governador Silval Barbosa para retirar a Consignum (empresa que fazia empréstimos consignados para servidores e pagou propina para membros do governo para continuar fazendo negócios) e colocar outra empresa no lugar dela, desde que pagasse um valor de propina maior ao que a Consignum já pagava que era de R$ 500 mil mensais. Riva disse não saber se Rodrigo Barbosa, filho do ex-governador, tinha conhecimento do caso, pois ele tratava do assunto diretamente com o Silval, ocasiões em que Rodrigo não participava das conversas. Sobre o contrato com a Consignum, Riva afirma que nunca se "achou dono do contrato", mas recebeu os R$ 2,5 milhões por causa da dívida que Silval tinha com ele. "Naquele momento eu sabia que aquele dinheiro era propina", respondeu Riva, ao ser questionado pela magistrada Selma de Arruda.