O deputado estadual Ondanir Bortolini (Nininho) foi acusado pelo ex-governador Silval Barbosa, em delação premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal, de suposto envolvimento em um esquema de propina de R$ 7 milhões, em 2011. Silval relatou aos procuradores que o deputado Nininho e um empresário o procuraram para assinatura de contrato da concessão da rodovia estadual MT-130, que é pedagiada. "Para a autorização da concessão e para viabilizar a cobrança de pedágio na citada rodovia, estabeleceu-se o pagamento de propina do montante de R$ 7 milhões. "Para o pagamento de parte dos valores da propina e para dissimular a origem do recurso utilizado para quitação desse valor, alguns cheques foram emitidos pela sociedade empresária" de uma construtora. "Esses valores foram utilizados para pagamento de uma dívida contraída por Silval Barbosa" com um empresário. "Com fim de dissimular a movimentação dos recursos decorrentes do crime de corrupção, Silval repassou os cheques da construtora" para o empresário, apontado como um dos "operadores financeiros investigados no âmbito da Operação Ararath, sendo que parte dos cheques foi para saldar uma dívida contraída por terceiros perante o operador citado – Silval figurava como avalista neste empréstimo; parte dos cheques foi trocada com o empresário por dinheiro em espécie por intermédio do filho de Silval, Rodrigo; parte dos cheques foi ainda, segundo Silval, utilizada para pagamento de propina para outros agentes público e também para pagamentos de débitos perante o operador financeiro Valdir Piran". Nininho ainda não se manifestou.