O ex-secretário da Casa Civil, Paulo Taques, está desde sexta-feira à noite no centro de custódio da capital. Após ser preso, no final da manhã, prestou depoimento a um juiz e foi encaminhado para o centro. O procurador-Geral de Justiça em exercício, Hélio Fredolino Faust, emitiu parecer contrário ao pedido de prisão que foi decretada pelo desembargador Orlando Perri, atendendo pedido da Polícia Civil que investiga o esquema de escutas telefônicas clandestinas, envolvendo ex-servidoras do governo, políticos e empresários, e que Paulo é acusado de suposto envolvimento. O procurador concluiu, ao analisar o pedido de prisão, que “falece competência" do 'Tribunal de Justiça para fins de análise e julgamento do pleito policial em testilha”. Ele lista três argumentos que, embora distintos, se entrelaçam: o primeiro deles, que não há nos autos pessoa investigada com foro por prerrogativa de função; o segundo, porque não há conexão a justificar o trâmite" no Tribunal de Justiça e "que nos autos originários houve exoneração de pessoas investigadas, que faz cessar a competência deste Sodalílicio". Mas o desembargador Perri discordou do procurador e considerou "equivocada" sua decisão.