A senadora cassada Selma Arruda concedeu entrevista para a Revista Época e disse que recebeu o resultado da cassação no TSE, este mês, “com respeito, mas com indignação. Ficou muito nítido que o voto do (ministro) relator (Og Fernandes) tinha muitos equívocos e induziu os outros. O ministro (Edson) Fachin foi o único que efetivamente analisou o processo. Pela índole do Fachin, que não é garantista nem absolve à toa, me senti com a alma lavada”, disse. Selma se diz “absolutamente injustiçada. Eu, que trabalhei com a Justiça tanto tempo, fico ainda mais decepcionada em saber quanto a Justiça ainda é falha. Não analisa as provas, não se preocupa em cuidar dos casos. E meu caso não era qualquer um. Era o caso de uma senadora da República. Poderia ter sido analisado com mais parcimônia. Mas esse processo andou na velocidade da luz. Me parece que a análise ali não era o critério. O critério era fazer a coisa mais rápido”. “Não me conformo com a celeridade desse processo. O parecer da PGR (Procuradoria-Geral da República) veio em sete horas, um absurdo. O caso foi julgado em quatro meses no Estado. É um recorde. Não quero postergar, não, mas acho que as pessoas deveriam ter mais critério. Analisar provas. Uma coisa feita com muita pressa nunca vai ser perfeita”, expôs Selma.