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MT pode ser prejudicado

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O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso, Gustavo de Oliveira, apontou que a reforma tributária em discussão no Congresso preocupa o setor produtivo mato-grossense porque as duas propostas de emenda constitucional em análise têm como base a simplificação dos tributos, concentrando a cobrança sobre o consumo. Isso pode prejudicar a economia de Mato Grosso, já que o perfil do Estado é de produtor e não de consumidor. “A proposta oferece um risco seríssimo para Mato Grosso e também para Estados do Norte e Nordeste, pois transfere a base de arrecadação para o local de consumo. Isso pode gerar um colapso econômico”, afirmou. Ele se refere principalmente à questão dos sistemas de compensação que precisarão ser instituídos para evitar um desequilíbrio na receita dos Estados – e também quanto ao aproveitamento de créditos, que precisa ser realizado de forma automática, a exemplo do modelo da Sudam. “Não adianta o governo federal compensar só os Estados, pois existe municípios cuja economia depende de uma indústria e, se essa indústria migrar para outro Estado, o município quebra. É fundamental que a reforma preveja mecanismos de compensação voltados ao setor privado para evitar a perda de investidores”, avalia Gustavo, que foi secretário estadual de Fazenda no governo anterior.

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