O procurador geral da República, Rodrigo Janot, defendeu promotores estaduais e procuradores de Mato Grosso cujos nomes estavam em uma lista apreendida no apartamento do ex-secretário de Fazenda Eder Moares, durante a Operação Ararath, há duas semanas, em Cuiabá. "Não há uma lista de propina, como foi dito, nada disso. Foi apreendida uma lista com a relação de promotores e procuradores que receberam os seus créditos através de carta de crédito. Como o sigilo foi levantado pelo juiz de primeiro grau, gerou toda essa confusão", explicou o chefe do Ministério Público Federal, em entrevista para a Folha de São Paulo. "Constava ali uma planilha, não de pagamento a promotores e procuradores. Constava ali uma planilha de cartas de crédito que essas pessoas que tinham crédito junto ao Estado do Mato Grosso obtiveram. Eram cartas de crédito para ressarcir os seus créditos que são lícitos", acrescentou Janot, autor dos pedidos de prisões do deputado José Riva e do ex-secretário Eder Moraes, que já foram colocados em liberdade pelo STF.