A decisão do desembargador Luiz Ferreira da Silva, de afastar do cargo, hoje, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, traz ao chefe do executivo um grande desgaste político. O Ministério Público e Polícia Civil pediram o afastamento após a delação do ex-secretário de Saúde Huark Douglas Correia, que afirma terem sido contratados mais de 250 servidores temporários, a maioria para atender interesses políticos do prefeito e que o próprio Emanuel Pinheiro teria dito a ele que as contratações seriam um “canhão político” e eram feitas por indicação política, principalmente de vereadores, e visavam retribuir ou comprar apoio político; esclarecendo, também, que muitas contratações eram realizadas sem necessidade. O desembargador mandou bloquear R$ 160 milhões em bens de Emanuel e de três secretários. Os valores são referentes aos pagamentos dos salários para os servidores que, de acordo com a denúncia, a maioria “não tinha formação profissional para o cargo que desempenhavam, causando prejuízo ao erário”. A gestão de Emanuel já foi investigada em outras operações policiais e do MP por irregularidades na saúde.