O desembargador Alberto Ferreira de Souza, relator do habeas corpus, não soltou o ex-secretário estadual de Planejamento Arnaldo Alves de Souza Neto, preso na 4ª fase da Operação Sodoma, em Cuiabá. A decisão foi tomada na sexta-feira. Ferreira concluiu que não existe constrangimento legal a ser interrompido e a prisão preventiva é importante instrumento de que dispõe o Estado para desarticular organizações criminosas. Para ele, a necessidade de se interromper ou diminuir a atuação de integrantes de organização criminosa enquadra-se no conceito de garantia da ordem pública, constituindo fundamentação cautelar idônea e suficiente para a prisão preventiva. Arnaldo é investigado na Sodoma por irregulagaridades na compra de uma área de 55 hectares, que já era do governo do Estado, por R4 15 milhões. E o desembargador concluiu, ao não soltá-lo, que Arnaldo também foi alvo da Operação Seven que investiga um esquema de corrupção envolvendo uma compra e desapropriação por parte do Estado de um imóvel de R$ 7 milhões localizado no município de Rosário Oeste, na região do Lago de Manso. O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) é apontado, pelo MP, como chefe dos dois esquemas.