Nesta 5ª foi a vez do ex-secretário de Planejamento, Arnaldo Alves, depor para a juíza Selma Arruda, sobre esquemas de corrupção no governo de Silval Barbosa. Ele disse que parte da denúncia na operação Sodoma 3, que apura fraude de R$ 15 milhões na desapropriação do terreno do bairro Jardim Liberdade, em Cuiabá, é falsa. Dos R$ 15 milhões, R$ 10 milhões foram utilizados para pagar dívida do grupo político do ex-governador. Arnaldo disse que atendeu orientações de Silval e fez os procedimentos e que houve pagamento de propina. Ele disse que foi procurado pelo ex-secretário Pedro Nadaf, apontando como mentor do esquema, e alegou que o "retorno (da propina) que está vindo vai ser mais do que a gente precisava e há possibilidade de rateio, eu coloquei você e o Silval concordou que você também recebesse', teria dito Pedro Nadaf, segundo Arnaldo. "Realmente, assim foi feito, não sei se foi em três vezes, o Pedro passou dinheiro pra mim, também passou um cheque. Esse dinheiro que ele foi passando pra mim, eu fui guardando ele num armário. A partir de um determinado instante, aparece um amigo meu, também amigo do Pedro, (o Alan Malouf). E numa conversa minha com o Alan, ele falou de uma dificuldade que ele estava tendo e eu falei desse dinheiro que eu tinha lá parado, não tinha porque usar, minha vida sempre foi economicamente equilibrada. Então, eu falei pro Alan que se precisasse eu emprestava pra ele, sem compromisso. Então, assim foi feito eu passei pra ele a parte em dinheiro que tinha comigo. Ele ficou com esse dinheiro e ainda depois me falou que o Pedro passou pra ele um valor que era para mim”, disse. "Eu passei o valor em torno de R$ 430 mil, sendo parte em dinheiro e um cheque. O dinheiro eu passei pro Alan e o cheque eu fiquei com ele. Acredito que tenha dado R$ 607 mil”, confessa.