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A Justiça Eleitoral de Mato Grosso reenviou a ação penal oriunda das operações Bereré e Bônus para o Tribunal de Justiça com o objetivo de apurar os crimes de corrupção no Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran) durante os governos Silval Barbosa e Pedro Taques. A decisão é do juiz eleitoral Bruno D’Oliveira Marques, que entendeu não existir elementos para o oferecimento da denúncia no que tange a crimes eleitorais, e por isso determinou o declínio de competência dos autos ao tribunal, para prosseguimento quanto à ação penal formulada em face dos delitos comuns. A ação é referente a uma suposta organização criminosa responsável por cobrar propina em troca da manutenção de contratos no Detran, que teriam causado prejuízos de mais de R$ 30 milhões ao Estado. Entre os investigados estão o ex-chefe da Casa Civil Paulo Taques, que chegou a ser preso em 2018 por conta das investigações, acusado de cobrar propina em troca da manutenção no Detran de contrato de concessão e execução das atividades de registros de financiamentos de veículos com cláusula de alienação fiduciária, de arrendamento mercantil e de compra e venda com reserva de domínio ou de penhor. Na lista de denunciados constam, além de Silval, o ex-deputado federal Pedro Henry, o ex-presidente do Detran, Teodoro Moreira Lopes e o ex-chefe de gabinete do  governo Sílvio Cézar Correia de Araújo.

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