A juíza Selma Arruda ouviu, nesta 3ª, novos depoimentos na segunda ação penal decorrente da Operação Sodoma. O arquiteto José da Costa Marques foi questionado sobre a operação envolvendo o imóvel adquirido pelo ex-secretário de Administração na gestão de Silval, César Zílio, por R$ 13 milhões. Ele disse que foi procurado por Zílio para elaborar projeto de um imóvel, ajudou a encontrar o imóvel, confirmou que intermediou o negócio, recebeu os pagamentos feitos por Zílio e repassou aos vendedores. Garantiu que não teve qualquer lucro, pois fazia um procedimento normal porque depois ele elaboraria o projeto arquitetônico. No contrato de compra e venda, ele emprestou o nome para constar como o "comprador". Posteriormente, faria outro contrato com César Zílio para "vender" o imóvel para Zilio. "Ao final dos pagamentos o verdadeiro comprador iria escriturar a área no momento certo". Ele disse ainda foram feitos 3 contratos, um deles com valores menores para serem pagos menos impostos. A justiça investiga se Zilio comprou a área com dinheiro que seria de propina. Em um dos contratos, consta o nome de um empresário cuja empresa é investigada por pagar propina a ex-integrantes do governo Silval.