Os líderes da base do governo na Câmara e no Senado decidiram há pouco adiar para semana que vem a votação da medida provisória (MP) que concede reajuste aos aposentados que recebem acima do salário mínimo, em tramitação na Câmara. Os governistas ainda tentam fechar um acordo para elevar o índice de reajuste de 6,14%, proposto pelo governo, para 7%.
Após reunião, o líder do governo na Câmara, Cândido Vacarezza (PT-SP), afirmou que o acordo para concessão do reajuste de 7% está próximo, mas ainda é preciso convencer alguns partido, como o PMDB.
"Estamos perto de chegar a um acordo dos 7%, como quer o governo de unificar toda a base em torno desse índice. Queremos convencer o PMDB no Senado e mais alguns partidos", disse Vacarezza. Os peemedebistas defendem o reajuste de 7,7%.
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), que na semana passada era a favor de um reajuste de 7.7%, sinalizou que a melhor alternativa será a base aliada fechar posição em 7%.
"O PMDB defende 7,7%. Estamos discutindo a possibilidade disso. Há um limitador muito grande a aérea econômica que é de 6,14% e não sabemos se podemos chegar a isso", afirmou Jucá.
"O que falei [na semana passada] que não havia acordo para o 7% e poderia haver para o 7.7%. Portanto, a situação persiste. Não há acordo na base do Senado para 7%, haveria para 7,7%, mas não há condições econômicas para 7,7%", completou Jucá, explicando que o índice de 7% significa quase o dobro do que foi a inflação, segundo ele, de 3,45%. "Se dermos 7%, estaremos dobrando o índice da inflação. Portanto, um ganho grande. O que for possível dar, será dado, mas com responsabilidade", reafirmou.
