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Vídeo: Taques diz na TV Cultura que pacto federativo é “conversa fiada”

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O papel de Mato Grosso no cenário nacional foi o principal eixo da entrevista concedida pelo governador Pedro Taques (PSDB) a jornalistas do programa Roda Viva, da TV Cultura, ontem à noite. Durante 90 minutos ele respondeu a perguntas sobre aspectos políticos e econômicos e fez críticas ao atual modelo do pacto federativo, classificado pelo tucano como “conversa fiada”. Ao falar de política nacional, Taques defendeu a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que para ele seria um “instrumento de dignidade”, e cobrou de seu partido um papel mais incisivo como principal sigla de oposição à gestão da petista.

Taques defendeu o papel da Lei Kandir, que desonera a produção primária e tem ajudado Mato Grosso a alcançar bons resultados na balança comercial, contribuindo para atenuar a crise econômica do país. Para comprovar a eficácia da legislação, o governador utilizou números. “Temos 43 municípios produtores e eles possuem os melhores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH). Apesar da Lei Kandir, estas cidades têm mais lojas, há um consumo maior, o que acarreta em um aumento da arrecadação de forma indireta. Um dos maiores desafios é suprimir esta assimetria que há com relação aos municípios que não são produtores”.

O problema, segundo o governador, está na postura da União, que não faz os repasses aos Estados produtores, dos valores relativos ao Auxílio Financeiro para Fomento das Exportações (FEX). Segundo Taques, Mato Grosso teria a receber quase R$ 2 bilhões. “A União está pagando só agora os valores de 2014 e nem fala sobre os deste ano. Ela está dando um verdadeiro calote, o que mostra que o pacto federativo não passa de conversa fiada”.

Uma reforma no pacto federativo, aliás, seria, na opinião de Taques “a mãe de todas as reformas”. A falta de auxílio do Governo Federal foi novamente citada pelo governador ao falar das dificuldades de logística enfrentadas pelo setor produtivo. Ele citou como exemplo a busca por investimentos na recuperação e pavimentação de estradas, que poderiam “virar o Brasil para o Norte”, mas que acabam inviabilizados porque o Ministério da Fazenda, em nome do superávit primário, não permite a contratação de operações de crédito, não dá o aval para a obtenção de empréstimos.

“Preciso de R$ 10 bilhões para recuperar as estradas e fui aos Estados Unidos em busca de recursos, mas o [ministro da Fazenda, Joaquim] Levy não autoriza. A União não faz a sua lição de casa, mas exige que os Estados e municípios façam”.

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