PUBLICIDADE

Vereadores prometem mas ainda não assinam CPI dos Remédios em Sinop

PUBLICIDADE

Alguns vereadores recuaram e decidiram, ontem à noite, não assinar pedido para criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) e apurar os responsáveis por uma quantidade considerável de medicamentos vencidos, encontrados na Secretaria Municipal de Saúde, mês passado. A vereadora Zeila Benevides (PSDB), que propôs a investigação, levou o documento à tribuna para colher as assinaturas dos parlamentares, mas a maioria preferiu aguardar a prefeitura responder requerimento com as informações sobre o caso. A solicitação teria sido feito há pelo menos 10 dias mas somente na sexta-feira (5) chegou no executivo.  

Entre os vereadores que manifestaram, na semana passada, que assinariam a CPI, Roberto Trevisan, o “Betão” (PROS), foi um dos que ontem não assinou o pedido, mas não descartou que possa assinar. Ele afirmou que é favorável, mas somente após ter recebido todas as informações solicitadas ao executivo. "Eu sou favorável à CPI desde que o requerimento da prefeitura não seja bem respondido. Se for assim, tenho certeza que todos os vereadores vão assinar. A gente tem que fazer uma coisa que vai de encontro com a sociedade”, disse.

O vereador Hedvaldo Costa (PSD) se comprometeu a assinar a Comissão até segunda-feira, caso a prefeitura não responda o requerimento com as informações solicitadas. Na semana, Wolgran Araújo (DEM), Neiva do Alvorada (PMDB), Carlão da Asa (DEM), Fernando Brandão (SOL) e Carlão (PSD) também haviam se comprometido a assinar a CPI.

De acordo com Zeila, a intenção é fazer com que seja instaurada o quanto antes e que aqueles que “não votarem pela CPI, não trabalham pelo povo. O requerimento vai para a prefeitura e tem que voltar com alguma resposta para fazermos análise dos fatos. Queremos realmente que essa CPI aconteça. Eu apenas trouxe o documento para os vereadores assinarem para que a gente tivesse certeza de que ela irá acontecer”, afirmou Zeila.

O líder do prefeito na câmara, Jonas Henrique de Lima (PMDB), afirmou que a solicitação feita à prefeitura ainda está dentro do prazo para ser respondida e se manifestou contrário a CPI. “Em meus vários mandatos como vereador, vi muitas investigações. E de que adiantou? O tempo é regimental e o secretário tem até 30 dias para nos fornecer informações. Primeiro, a gente tem que analisar isso e só depois falar em CPI”.  

O caso foi descoberto pela vereadora Zeila, que foi ao almoxarifado fiscalizar os medicamentos estocados e constatou mais de 9 mil frascos de sulfametoxazol (usado para tratar infecções bacterianas) com prazo de validade vencidos e que não podem mais ser usados. A compra teria ocorrido na gestão do antigo secretário de Saúde, Mauri Rodrigues de Lima (que deixou a secretária há 1 ano e 8 meses para ser secretário estadual), porém a vereadora criticou o atual secretário, Francisco Specian, "por não ter dado uma destinação final aos remédios”. A prefeitura informou que o lote inicial era de "12 mil frascos de 100 ml do medicamento. Foram duas compras, sendo que a primeira, de 2 mil unidades, teve custo de R$ 1.480 e a segunda, de 10 mil frascos, no valor de R$ 7.400. O valor total foi R$ 8.880".  

O valor dos medicamentos que perderam validade seria de aproximadamente R$ 6 mil.  Só Notícias fez uma cotação nas farmácias locais e apurou que cada frasco de 100 ml deste medicamento custa entre R$  8,80 e R$ 13.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Obras do novo de hospital universitário entram em fase de acabamento em Mato Grosso

As obras do novo Hospital Universitário Júlio Müller estão...

Governador anuncia data de inauguração do maior hospital de Mato Grosso

O governador Mauro Mendes confirmou para o dia 19...

Deputado de Mato Grosso recua e retira apoio à PEC da Reforma Administrativa

O deputado federal Coronel Assis (União Brasil) voltou atrás...
PUBLICIDADE