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Vereadores pedem rapidez em investigações contra prefeito de Cuiabá

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Os seis vereadores que assinaram o pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a conduta do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), irão se reunir com o procurador-geral de Justiça de Mato Grosso, Mauro Benedito Pouso Curvo na terça-feira (13), para pedir celeridade no processo de investigação contra o prefeito. Pinheiro foi filmado enquanto deputado estadual recebendo dinheiro.

O beneficio supostamente era pago a todos os parlamentares da época que apoiavam a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). Chamado de mensalinho, garantia que os deputados não denunciariam os desvios do Executivo. O requerimento para a reunião no Ministério Público Estadual (MPE) foi apresentado pelo vereador Gilberto Figueiredo (PSB) e aprovado em plená- rio.

As imagens foram gravadas por Silvio Cézar Corrêa Araújo, ex-chefe de gabinete do ex-governador Silval Barbosa, e fazem parte da delação premiada de Silval homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, cujo sigilo já foi suspenso pelo relator do caso.

O vereador pediu em plenário que o prefeito fosse até a Casa de Leis para se explicar, porém, o pedido foi negado pelo presidente da Câmara, vereador Justino Malheiros (PV). Segundo ele, o Legislativo não tem prerrogativa de convocar o prefeito e ressaltou que, segundo o Regimento Interno, Pinheiro pode se manifestar apenas por escrito.

“Eu fiz uma convocação informal para que o prefeito viesse se explicar sobre o vídeo. Como o presidente barrou esse convite, eu vou fazer as perguntas por escrito, como o Regimento permite, e esperar o posicionamento do prefeito. Esperamos que essas respostas venham esclarecer o que todos querem saber, o porque de ele estar recebendo dinheiro naquele vídeo”, disse Figueiredo.

Silval Barbosa afirma que o dinheiro que Emanuel e pelo menos outros 23 políticos, com e sem mandato, recebiam era propina em troca de apoio político na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e também para que irregularidades em sua gestão não fossem fiscalizadas pelos parlamentares.

O dinheiro, segundo ele, era desviado de obras pública e arrecadado por meio de esquemas de propina cobrada de empresários que mantinham contratos com o Estado ou venciam licitações para diversas obras. Emanuel Pinheiro ainda não explicou em público. Porém, em sua única manifestação em rede social após a veiculação do vídeo, afirmou que as imagens foram deturpadas e que não estava recebendo dinheiro de forma indevida.

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