Quatro dos nove vereadores de Lucas do Rio Verde pediram, nesta segunda-feira à noite, o afastamento da presidente do legislativo, Marli Ventura (PPS). Os vereadores estão irritados com a forma com que a presidente vem conduzindo a câmara. A gota d’água foi o fato de ainda não terem sido colocadas em votação as contas do ex-prefeito Otaviano Pivetta (PDT) – relativas ao ano de 2004- que foram encaminhadas, pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) em setembro, com parecer favorável e com algumas ressalvas.
O segundo secretário da mesa diretora, Carlos Girotto (PPS), considerou a falha gravíssima.”Isso mostra a falta de competência da presidente e de sua assessora”, atacou Girotto, que já presidiu o legislativo de Lucas por dois mandatos. “Estamos com a pauta trancada porque as contas não foram votadas e está previsto na Constituição o prazo de 60 dias para a câmara votar as contas da prefeitura após serem enviadas pelo TCE. E isso não ocorreu”, dispara Girotto. “A presidente está isolada políticamente e não tem sustentação da maioria para continuar”, finalizou. Ele e os vereadores Jiloir Pelicioli (Mano), Demétrio Cesar e Elder Biazus defenderam, na sessão, que Marli se afaste da presidência.
Nesta segunda-feira a sessão da câmara de Lucas foi ordinária, porém não deliberativa. Os vereadores não puderam votar projetos de lei, requerimentos, indicações e moções. Vários projetos, inclusive do Executivo, como o do concurso público, não podem ser votados porque a pauta ficou trancada pelo fato das contas do ex-prefeito não terem sido votadas.
Ainda não foi confirmado como o impasse será solucionado. A presidente Marli Ventura reconheceu a falha, durante a sessão, em não ter colocado as contas do ex-prefeito em votação e a pauta de sessões ordinárias ficar comprometida.
Só Notícias tentou contato com a presidente Marli Ventura mas ela não foi localizada para falar sobre o assunto. O relacionamento político da presidente com boa parte dos vereadores não vai bem. Há poucos dias, todos (exceto Marli) aprovaram emenda para reduzir o mandato de presidente de dois para um ano. Só que o encaminhamento da matéria não foi feito corretamente e não tem validade. Se for aprovada em 2006 terá validade para 2007.