Ademir Bortoli (PROS) apresentou requerimento na sessão da câmara solicitando informações da prefeitura sobre o contrato de serviço firmado entre a Secretaria Municipal de Saúde e a casa de apoio, que funciona em Cuiabá. Na tribuna, o vereador denunciou que os pacientes acusam maus tratos, falta de equipamentos de segurança para higienizar banheiros, venda de doces e objetos pessoais e atitudes agressivas dos funcionários do local.
“Quero saber os valores repassados a essa casa de apoio, como funciona o transporte dentro de Cuiabá, depois que o paciente está na casa, quantas refeições e o que é servido. A quem recai a responsabilidade sobre a limpeza dos quartos e sanitários e a legalidade da venda de mercadorias dentro da instituição. Essas denúncias são graves e serão apuradas”.
A casa de apoio recebe pacientes encaminhados pela Secretaria de Saúde do município, que vão até a capital realizar exames ou fazer tratamento de saúde. Algumas pessoas temem represálias por estar denunciando. Uma mulher de 57 anos revelou que sofreu maus tratos na casa, viu muitos desentendimentos e ameaças de morte entre os responsáveis pela instituição, conforme relatou a assessoria do vereador.
“Há muitas brigas entre eles e isso acaba afetando a gente que está doente e precisa de um local tranquilo. Também fui maltratada com palavras, gestos e ameaças. Fiquei lá vários dias vi muita coisa, até doentes encaminhados pelo SUS tendo que pagar R$ 30 para serem levados pelo veículo da casa de apoio para fazer exames, quimioterapias e o veículo era adesivado”, descreveu a paciente.
A Secretaria de Saúde de Sinop tem o prazo de 15 dias para enviar resposta à câmara. Uma cópia do requerimento foi encaminhado também ao responsável pela casa de apoio.
Até o momento, a secretaria sinopense não se pronunciou sobre a denúncia apontada pelo vereador.