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Valtenir alega conspiração e diz que não há processo aberto contra ele

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O presidente do PSB em Mato Grosso, deputado federal Valtenir Pereira, sofreu mais um revés, hoje, após militantes do partido pedirem o seu afastamento à Executiva Nacional, para que seja apurado o episódio de suposto "caixa 2", sem macular a imagem partidária. O secretário-geral do PSB em Cuiabá, Suelme Evangelista, afirma que a Executiva não sabia da movimentação. Já Valtenir acredita que exista uma conspiração externa e agora interna contra o crescimento do partido em nível nacional e alega que não há inquérito aberto contra ele.

Movimentos do PSB como Sentinelas, Juventude, Mulher e LGBT assinaram documento pedindo que a Executiva Nacional afaste Valtenir da presidência do partido para que seja investigado o episódio envolvendo o deputado que explodiu nesta última semana, após ter sido relacionado a um esquema pela Polícia Federal, que encontrou notas fiscais de três empresas, na sede da Idea Digital, em Paraíba, no valor de R$ 235 mil.

Para Valtenir, o PSB vive um momento de conspiração. "A conspiração chegou ao Mato Grosso, e é externo e agora internamente partidário, contra o crescimento do partido em nível nacional", explicou.

O deputado também alegou que não há processos tramitando contra ele. "Fui ao Ministério Público Federal, ao Supremo Tribunal Federal, a Corregedoria da Polícia Federal e irei até Paraíba e Pernambuco para descobrir onde está processo, que não estão nestes locais", rebateu. "Vamos esclarecer o que aconteceu, mas estamos procurando entender o que está acontecendo, porque não autorizei ninguém a receber nada fora da lei, toda a despesa foi paga com os cheques da campanha", disse.

No entanto, o deputado federal acredita que a conspiração aconteceu justamente pelo presidenciável Eduardo Campos (PSB) ter crescido com a queda vertiginosa da presidente Dilma, e após ter declarado à imprensa que poderia disputar um cargo majoritário, ao governo ou ao Senado em 2014. "Só foi falar em majoritária que começou a ‘fritação"", acrescentou.

Já o secretário do partido, Suelme Evangelista, alega que a Executiva não sabia da movimentação, que Valtenir está legítimo no cargo de presidente, e que ainda assim, o movimento social que surgiu dentro do partido é autônomo.

Valter Reginold, representante dos Sentinelas, explica que o partido está sem diretório há três anos. "O Valtenir não convocou eleição, temos um diretório provisório porque ele convocou um congresso no dia de jogo da Copa do Mundo, em um domingo, em 2010, e conseguimos derrubar isso na Justiça. Mas disputamos cargos de governador e de prefeito, sem ter um diretório constituído", criticou.

Para Reginold, o partido dá voz às ruas, e que tomou medidas enérgicas pelo histórico do PSB em combate a corrupção. "Não queremos ter apenas uma estrela no partido, queremos que a sociedade seja a nossa constelação. O Valtenir já afirmou que irá se explicar, mas cobramos da Nacional, um posicionamento, porque isto precisa ser investigado com ele afastado da presidência para não macular a imagem de 60 anos de luta contra a corrupção do PSB", disse.

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