A direção do PT considerou desnecessária a prisão do secretário de Finanças do partido, João Vaccari Neto, na manhã de hoje (15). Em nota assinada pelo presidente da legenda, Rui Falcão, o partido reafirmou confiança na inocência de Vaccari, “não só pela sua conduta à frente da Secretaria Nacional de Finanças e Planejamento, mas também porque, sob a égide do Estado Democrático de Direito, prevalece o princípio fundamental de que todos são inocentes até prova em contrário”.
Na nota, o PT informou que os advogados que estão cuidando da defesa de João Vaccari Neto estão apresentando um pedido de habeas corpus para que ele seja solto no menor prazo possível. Em outro trecho, o partido expressou solidariedade a Vaccari e sua família, reafirmando a confiança de que a verdade prevalecerá no final. O PT informou também que Vaccari pediu afastamento do cargo de tesoureiro do partido.
“A detenção de João Vaccari Neto é injustificada, visto que, desde o início das investigações, ele sempre se colocou à disposição das autoridades para prestar qualquer esclarecimento que lhe fosse solicitado. Convocado, prestou depoimento na Delegacia da Polícia Federal de São Paulo, em 5 de fevereiro desse ano. Além disso, na CPI da Petrobras, respondeu a todas as questões formuladas pelos parlamentares.”
No documento, o PT esclareceu que o pedido de afastamento da tesouraria do partido foi do próprio Vaccari. “Informamos que, por questões de ordem práticas e legais, João Vaccari Neto solicitou seu afastamento da Secretaria de Finanças e Planejamento do PT.”
João Vaccari foi preso na manhã de hoje, durante a décima segunda etapa da Operação Lava Jato da Polícia Federal. Ele é investigado por suspeita de receber propina em esquema de corrupção na Petrobras. Ele nega as acusações. O mandato contra o tesoureiro do PT é de prisão preventiva. Vaccari foi detido em sua residência em São Paulo.