O corregedor do Senado, Romeu Tuma (SP) encaminhou ofício hoje a senadora Serys Marli (PT), de Mato Grosso, informando que, até o presente momento, não foi aberta nenhuma investigação contra ela sobre seu nome ter citado, em investigações, no caso da Operação Sanguessuga. ” A documentação, encaminhada com presteza pelo ilustre Juiz Federal da 2ª Vara da Justiça Federal, em Mato Grosso, Jefferson Schneider, sobre a “Operação Sanguessuga” como um todo, é volumosa e está sendo ainda analisada, disse Tuma, em ofício encaminhado a Serys, depois que a senadora lhe telefonou, colocando-se a disposição para apurar tudo que possa vinculá-la ao caso.
Serys também disponibilizou seu sigilo bancário, fiscal e telefônico, extensivo aos seus familiares e, inclusive, ao ex-cônjuge, para a elucidação dos fatos.
A senadora divulgou nota, hoje, dizendo que, “como é de inteiro conhecimento da imprensa, e do público em geral, não me esquivo, como nunca me esquivarei, às apurações dos fatos em questão, solicitando, apenas, as devidas cautelas, por parte de alguns órgãos da imprensa, para evitar a divulgação precipitada de notícias”.
O nome de Serys teria sido mencionado em documentos da Planam, empresa apontada como núcleo do esquema de corrupção para venda de ambulâncias superfaturadas para prefeituras de diversos Estados, a partir da destinação de emendas parlamentares com recursos do Governo Federal. As fraudes ocorreram a partir de 2001. 48 pessoas foram presas pela polícia e 16 deputados são investigados. Assessores recebiam propina para ajudar nas fraudes e a polícia investiga se deputados também teriam recebido dinheiro da Planam, cujos sócios e diretores estão presos em Cuiabá.
