A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, continuará responsável por conduzir a ação penal referente a operação Sodoma que culminou na prisão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e dos ex-secretários estaduais Pedro Nadaf (Indústria e Comércio) e Marcel de Cursi (Fazenda). A decisão é da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
A decisão foi tomada hoje após pedido de vista realizado na semana passada sobre o caso. O desembargador e relator do pedido de afastamento da juíza da ação, Alberto Ferreira, e o juiz convocado Jorge Luiz Tadeu Rodrigues (que pediu vistas) foram favoráveis pela manutenção do processo com a magistrada. O desembargador Pedro Sakamoto votou pelo afastamento.
Na semana passada, a votação estava empatada com os votos de Ferreira e Sakamoto. O desempate foi decidido com o voto de Rodrigues. O pedido de afastamento da magistrada do processo foi protocolado pela defesa do ex-governador alegando que a magistrada violou leis e não teria a parcialidade necessária para estar a frente do caso. Segundo os defensores de Silval, ao homologar os acordos de delação a juíza teria “extrapolado” sua função e feito perguntas sobre os fatos investigados.
Esta operação foi deflagrada após o empresário João Batista Rosa afirmar que pagou propina de mais de R$ 2 milhões para que suas empresas fossem beneficiadas com incentivos fiscais do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic).