PUBLICIDADE

Tribunal de Justiça mantém prisões de Cursi e Nadaf

PUBLICIDADE

A 2ª Câmara Criminal Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou os habeas corpus dos ex-secretários estaduais Marcel Souza de Cursi (Fazenda) e Pedro Nadaf (Casa Civil) mantendo as prisões preventivas decretadas pela juíza Selma Rosane Santos Arruda e cumpridas na 2ª fase da Operação Sodoma. O placar da votação foi de 2 votos a 1 em ambos os recursos. Somente o desembargador Pedro Sakamoto votou pela liberdade dos réus, mas foi vencido.

Os ex-gestores são processados na 7ª Vara Criminal de Cuiabá por crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e fraude processual, praticados, segundo a Polícia Civil e o Ministério Público Estadual (MPE), por meio de um esquema montado para ocultar a compra de um terreno de R$ 13 milhões, localizado na Avenida Beira Rio, no bairro Grande Terceiro, em Cuiabá, adquirido pelo ex-secretário de Administração, Cézar Roberto Zílio.

Na transação, conforme apontaram as investigações, foram utilizados dinheiro de propina que a organização cobrava de empresários que mantinham contratos com o governo de Mato Grosso ou eram beneficiados por incentivos fiscais por meio do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic). A votação teve início há 3 semanas, mas sofreu consecutivos adiamentos motivados por pedidos de vistas até ser concluída na sessão desta quarta-feira (6).

Pela manutenção dos réus presos no Centro de Custódia da Capital votaram o relator, desembargador Alberto Ferreira de Souza e o juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, convocado para julgar os habeas corpus da Operação Sodoma que tramitam na 2ª Câmara Criminal do TJ. Para o juiz Jorge Tadeu, os motivos que sustentam a prisão preventiva estão satisfatoriamente demonstrados nos autos. Com esse entendimento ele seguiu o voto do relator e negou os pedidos de liberdade de Cursi (foto) e Nadaf.

Ao votar contra Nadaf, o relator Alberto de Souza destacou que documentos nos autos mostram que o ex-chefe da Casa Civil recebeu propina do empresário João Batista Rosa, dono do Grupo Tractor Parts e que admitiu em delação premiada ter pago R$ 2,5 milhões de propina ao grupo. Depois, Nadaf emitiu 11 cheques de sua empresa de fachada, a NBC Assessoria, Consultoria e Planejamento Ltda, que foram usados no pagamento do terreno de R$ 13 milhões comprado por Cézar Zílio.

Conforme o relator, Pedro Nadaf atuou como verdadeira peça chave para o grupo obter êxito uma vez que ele tem longa vida pública e goza de poder político, prestígio e influência junto a autoridades e perante a sociedade. Ele é acusado por crimes de corrupção passiva, fraude processual, lavagem de dinheiro.

A liberdade dele, segundo o desembargador Alberto Ferreira, causaria abalo à ordem pública. O magistrado enfatizou o poder econômico de Nadaf corrompe de modo que a prisão deve ser mantida a fim de evitar que ele volte a praticar crimes ou usar sua influência para prejudicar o andamento processual. Ele argumenta que se Pedro Nadaf for colocado em liberdade, negociadas possam continuar ou voltar a funcionar a fim de ocultar ou dificultar a coleta de material probatório acerca dos crimes.

“Está comprovado que tais agentes detêm de altíssimo grau de periculosidade”, sustentou o relatou ao explicar que são capazes de usar o alto grau de instrução, poder e influência que possuem para fraudar as provas, forjar documentos e intimidar testemunhas a ponto de oferecer a elas defesa jurídica para ficarem quietas, como constam nos autos.

Conforme o relator, o mero afastamento de Nadaf de qualquer cargo público só o limita do poder hierárquico da administração e não deve ser o único mecanismo usado por ele mediante o prestígio político e fator social que possui. Lembrou de mensagens recuperadas pela Polícia Civil que tinham sido deletadas por Nadaf a fim de dificultar e impedir a descoberta da verdade isso mostra a capacidade dele de continuar interferindo e prejudicando as investigações.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

MP constata precariedade no saneamento em escolas de 20 municípios de Mato Grosso

Uma realidade alarmante foi constatada nas fiscalizações realizadas pelo...

Últimos vagões do VLT são transferidos de Mato Grosso

A secretaria de Infraestrutura e Logística informou que os...

Jucemat repudia mudanças da Receita Federal na abertura de CNPJ; ‘retrocesso’

O plenário da Junta Comercial de Mato Grosso (Jucemat)...

Miguel se licencia e vice assume prefeitura de Lucas do Rio Verde por 15 dias

O vice-prefeito Joci Piccini assumirá, a partir deste sábado...
PUBLICIDADE