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Tribunal adia conclusão da decisão do bloqueio de bens de deputados, empresários e demais investigados na Operação Bereré em MT

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O pleno Tribunal de Justiça de Mato Grosso decidiu, esta tarde, manter o bloqueio de mais de R$ 27,7 milhões das contas de 14 pessoas e 3 empresas acusadas de envolvimento no esquema de corrupção e desvio de dinheiro público no Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT) investigado na Operação Bereré, conduzida pelo Ministério Público e polícia.

Até o momento, 9 desembargadores votaram pela manutenção do bloqueio de valores determinado pelo desembargador José Zuquim, em 16 de fevereiro. O julgamento foi suspenso porque o desembargador Orlando Perri pediu vistas. A próxima sessão do pleno será dia 12 de abril e 20 desembargadores ainda votarão.

A operação foi feita pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), no dia 19 de fevereiro, que atingiu dentre os alvos, os deputados estaduais Eduardo Botelho e Mauro Savi.

A operação Bereré é resultado das delações premiadas do ex-governador Silval Barbosa, seu irmão Antônio Barbosa e ex-chefe de gabinete Sílvio César Corrêa Araújo ao Ministério Público Federal (MPF) e também do ex-presidente do Detran, Teodoro Moreira Lopes, o Dóia. De acordo com os delatores, em 2010, o então deputado federal Pedro Henry procurou Toninho Barbosa para oferecer participação no esquema, que era oferecido pela empresa FDL Serviços, que já pagava propina desde a gestão anterior.

A proposta foi levada a Silval, que concordou com a continuidade do esquema, desde que recebesse sua parte. Antes disso, o deputado Mauro Savi (responsável pela indicação do então presidente da autarquia) já seria o líder do esquema, juntamente com Eduardo Botelho, que na época constava como sócio no contrato de prestação de serviços à FDL.

Segundo Antônio Barbosa, o esquema ilícito previa propina de cerca de R$ 1 milhão. No primeiro mês, ele afirma ter recebido R$ 100 mil. No mês seguinte, ele diz ter indicado outra pessoa para receber os valores em nome de Silval. A partir daí, os valores foram reduzidos para R$ 80 mil por mês, conforme o delator.

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