Depois de quase ser condenado por abuso de poder econômico e compra de votos nas eleições de 2010, o Pleno do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) acolheu os argumentos da defesa do deputado Ondanir Bortolini, o “Nininho” (PR), e “zerou” o julgamento iniciado que apontava para a cassação de mandato por quatro votos a zero.
No julgamento anterior, o juiz Sebastião Arruda Almeida acabou pedindo vistas após o juiz federal Pedro Francisco da Silva ter alertado para a ausência do parlamentar e de sua defesa no julgamento o que levaria o mesmo a nulidade, que se confirmou com o pedido de nulidade apresentado pela defesa do parlamentar republicano que tem uma série de argumentos favoráveis a sua pessoa como a não utilização do total de recursos previstos para serem consumidos nas eleições e para o fato das testemunhas terem declarado que não houve compra de votos ou mesmo abuso por parte do então candidato.
“Nem cheguei a usar o total de recursos previstos, o que não se permite dizer que houve caixa 2”, disse o deputado lembrando que a decisão da Justiça Eleitoral demonstrou a altivez dos magistrados em reconhecer falhas e que aguardará o novo julgamento para comprovar que não cometeu abusos e não fez nada de irregular em relação a sua eleição de deputado estadual em 2010.
Nininho lembrou que inclusive não foi eleito, ficando como primeiro suplente e que sua efetivação se deu por motivos outros, que foi a nomeação do também deputado Sérgio Ricardo para uma vaga de conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso. “Estou tranquilo e convicto de que as coisas vão dar certo e que a Justiça será feita, pois os argumentos são claros, não houve compra de votos, nem caixa 2, pois sobraram recursos de nossa campanha e os magistrados da Justiça Eleitoral entenderam isto ao analisarem os memorandos preparados por nossa equipe de defesa”, disse Nininho certo de sua absolvição em um novo julgamento.