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TJ tem seis investigações contra magistrado, militares e membros do Ministério Público por grampos em MT

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Seis inquéritos instaurados este ano para apurar o esquema de escutas ilegais operado no âmbito da Polícia Militar, tramitam no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ). A suspeita é de que militares, civis, membros do Ministério Público e até magistrados tenham feito parte do esquema ilegal.

A informação foi prestada pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Orlando de Almeida Perri, ao ministro Ribeiro Dantas, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no despacho do habeas corpus impetrado pelo ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques que também é investigado sob suspeita de participação nas escutas ilegais.

No documento, Perri informa sobre a existência dos inquéritos para apurar a participação de membros do Ministério Público Estadual e de magistrado. Além de crimes militares e crimes comuns praticados por militares.

Além desses, tem ainda os inquéritos para apurar crimes de interceptação telefônica ilegal e denunciação caluniosa praticados supostamente por Paulo Taques e para apurar escutas clandestinas ocorridas em 2016, nas eleições de Lucas do Rio Verde.

“Em suma: até o presente momento, tramitam perante este tribunal nada menos do que seis procedimentos criminais, cuja finalidade é idêntica, a saber, a apuração da prática de crimes de interceptação telefônica ilegal”, disse o magistrado.

As investigações apontam que o esquema teria interceptado dezenas de pessoas, entre políticos, médicos, empresários, jornalistas e um desembargador aposentado. O caso só veio à tona após denúncia do promotor de Justiça Mauro Zaque.

O esquema consistia na interceptação telefônica através da modalidade “barriga de aluguel”, que teve como alvo a ex-amante do ex- secretário Paulo Taques, Tatiane Sangalli, que teria sido interceptada a pedido do próprio Taques. Por este motivo, ele possui um inquérito próprio.

O caso culminou na prisão de ex-secretários e militares. No entanto, permanecem presos somente o ex-comandante-geral da PM, coronel Zaqueu Barbosa, e o cabo da PM, Gerson Luiz Ferreira, este acusado de elaborar relatórios falsos de grampos militares que eram executados por meio da "barriga de aluguel”.

Gerson Luiz, inclusive, possui inquérito policial próprio a fim de apurar a prática do crime de obstrução à Justiça. Gerson estava detido no Batalhão de Ronda Ostensiva Tática Móvel (Rotam); porém, diante da denúncia de supostas regalias, o desembargador Perri determinou a transferência dele para o Centro de Custódia de Cuiabá (CCC).

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