Aberta a crise no PSDB. A deputada federal Thelma de Oliveira protocolou nesta quarta-feira carta em que comunica sua renúncia ao cargo de secretária-geral do partido. Polida, Thelma usou como justificativa para seu desligamento da direção estadual do PSDB a necessidade de dedicar-se integralmente ao mandato e à presidência do PSDB Mulher, cuidar da própria reeleição em 2010 e da campanha presidencial do partido. Na verdade, segundo fontes tucanas, a decisão foi tomada em função da formação do secretariado pelo prefeito Wilson Santos. “Ela queixou-se de não ter sido consultada de nada” – observou.
O sintoma mais claro de insatisfação está na decisão do primeiro-secretário, Aparecido Alves, que ocuparia o lugar de Thelma. Ele preferiu acompanhar a deputada na decisão e também pediu seu desligamento da direção partidária. A medida é extensiva também ao ex-senador Antero Paes de Barros, estrategista e coordenador de marketing da campanha de Wilson. Barros estaria insatisfeito com a postura do prefeito e de alguns secretários, que o consideram “sob controle”.
A própria carta encaminhada ao partido revela uma certa amargura por parte da deputada federal. “Comunico aos companheiros tucanos minha renúncia, em caráter irrevogável, do cargo de secretária geral do partido” – ela escreveu. Estou certa de que cumpri com correção a missão delegada pelo PSDB de preparar as eleições municipais de 2008 em todo o Estado e de coordenar a vitoriosa campanha tucana em Cuiabá”.
Ao anunciar que passará a se dedicar integralmente ao mandato de deputada federal e a presidência nacional do PSDB Mulher, Thelma de Oliveira diz que nos próximos dois anos, considera ter dois grandes desafios: o de assegurar espaço político e reconhecimento junto aos eleitores, de modo a viabilizar sua reeleição; e, de contribuir para a consolidação da candidatura tucana a Presidência da República.