Uma estratégia paralela, e talvez a mais forte, poderá assegurar a candidatura ao governo do senador Pedro Taques (PDT), com apoio irrestrito do PMDB. As costuras para inserir Taques no grupo da situação contam agora com mais um reforço do viés nacional, por meio de movimentações encampadas em Brasília pelo presidente do PMDB, o vice-presidente da República Michel Temer, como revelou fonte peemedebista. Essa tática foi confirmada recentemente pelo presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, que mantém conversas sobre o assunto com o senador Blairo Maggi (PR). Presidente da Assembleia Legislativa, Romoaldo Júnior, também admite o andamento de articulações para trazer Taques para a base aliada.
Mesmo dando sequência ao bloco da oposição, o presidente regional do PDT, deputado Zeca Viana, concorda que uma interferência da nacional da legenda, no Estado, poderia levar à mudança de planos. Desta vez, Temer estaria tentando convencer Taques sobre a viabilidade de o PDT estadual se alinhar ao projeto do partido em âmbito nacional. O PDT mantém a tendência de continuar na base do governo federal, colaborando para os planos de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). O palanque de Dilma em Mato Grosso, com o atual projeto do PDT, não se consolidaria. Taques, que chegou a defender a ruptura do partido com a base governista nacional, tem como aliados no bloco da oposição o DEM e o PSDB, além do PPS, PV e PSB, se aproximando do PTB.
Essa versão de composição tem deixado preocupados líderes do PDT estadual, como Viana. O entendimento é de que o projeto político do partido dificilmente será incorporado aos planos de siglas que hoje fazem parte do grupo da situação. Se essa estratégia se sobressair, todas as discussões que vêm sendo feitas pelas legendas governistas precisarão ser reavaliadas. Em que pese o PR estar dialogando sobre essa possibilidade, o fato é que alguns partidos da base do governador Silval Barbosa poderão construir outro projeto, caso do PSD do vice-governador Chico Daltro.
O estreito relacionamento entre o senador Blairo Maggi e Taques, é um ponto de apoio para as articulações políticas no contexto nacional. Maggi continua resistente aos apelos do PT, especialmente da presidente Dilma Rousseff, para que assuma a condição de candidato ao governo. De quebra, ele está no centro das movimentações que poderão provocar surpresas profundas para as eleições de 2014. O “apego” ao nome de Taques se dá, principalmente, pelo potencial eleitoral do senador frente a outros possíveis adversários ao pleito geral.