sábado, 5/julho/2025
PUBLICIDADE

TCE começa cobrar de prefeituras implantação e ‘funcionamento de fato’ de ouvidorias

PUBLICIDADE
Só Notícias (foto: arquivo/assessoria)

O Tribunal de Contas de Mato Grosso lançou, ontem, a nota técnica 02/2021 com as obrigações previstas na lei  13.460/2017, que instituiu o Código de Defesa dos Usuários do Serviço Público, durante encontro com representantes de 75 municípios mato-grossenses que participaram do evento ‘Ouvidoria para Todos’, além de gestores de São Paulo e Mato Grosso do Sul, que acompanharam on line.

O ouvidor-geral do TCE-MT, conselheiro Antonio Joaquim, lembrou que o prazo para o cumprimento da norma venceu em 2019, contudo, em decorrência da pandemia, os órgãos terão até 2022 para concretizar as adequações. “Em vez de já começarmos a multar, daremos mais tempo para que os gestores implantem as ouvidorias. Neste período, os capacitamos e orientamos, como fazemos historicamente” e classificou a ouvidoria como “um sistema de democracia direta”, uma vez que não há intermédio entre cidadão e agente público. Entretanto, destacou que é preciso consolidar uma cultura na qual as pessoas utilizem o canal de forma efetiva, com denúncias e reclamações embasadas, que possam ser devidamente averiguadas, resultando em benefício social.

“De modo geral, a sociedade não tem confiança no governo. Essa é a realidade no Brasil. As pessoas pensam que vão reclamar e não vai dar em nada. Então, nosso trabalho é fortalecer as ouvidorias para que, de fato elas funcionem, para que o cidadão possa acompanhar a denúncia que fez e para que, a partir daí, se estabeleça uma relação de confiança com a administração pública”, explica Joaquim.

O tribunal fez levantamento e considerando as 86 prefeituras que responderam ao questionário, concluiu-se que 19 ouvidorias não tem previsão legal de cargo de ouvidor; 21 não possuem norma que discipline a organização e o funcionamento e 22 não dispõem de servidores para prestar os serviços à sociedade. Além disso, 49 delas disseram que não há treinamento ou capacitação periódica para as equipes.

A deputada estadual Janaina Riva, representando a Assembleia Legislativa, no encontrou, chamou a atenção para a necessidade de capacitação dos servidores que atuarão nestes canais e destacou a sensibilidade do TCE ao considerar as diferentes realidades entre os municípios. “A realidade das cidades menores é muito diferente da de cidades pólo e da capital. Por isso é importante essa postura de chamar os gestores para o diálogo e entender caso a caso.”
O comentário vai ao encontro dos dados levantados na nota técnica, que dispõe de diagnóstico da Ouvidoria Geral do TCE, que realizou pesquisa sobre a estrutura, o funcionamento e as ações desenvolvidas no âmbito dos municípios mato-grossenses

O prefeito de Alto Paraguai e representante da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Adair José, disse que “as prefeituras, de modo geral, veem com bons olhos a legislação porque ela representa a profissionalização da gestão pública, a busca por resultados e por eficiência. Todos nós queremos isso. No entanto, ponderamos as dificuldades que cada um tem, muitas prefeituras apresentam pouca estrutura, por isso contamos com o tribunal para nos auxiliar nesta missão”, declarou

A informação é da assessoria do TCE.

COMPARTILHE:

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

MP constata precariedade no saneamento em escolas de 20 municípios de Mato Grosso

Uma realidade alarmante foi constatada nas fiscalizações realizadas pelo...

Últimos vagões do VLT são transferidos de Mato Grosso

A secretaria de Infraestrutura e Logística informou que os...

Jucemat repudia mudanças da Receita Federal na abertura de CNPJ; ‘retrocesso’

O plenário da Junta Comercial de Mato Grosso (Jucemat)...
PUBLICIDADE