O governador Pedro Taques (PDT) esteve, esta manhã, na Secretaria de Estado de Saúde para articular novos projetos para a área. Ele ainda relatou sobre o mau atendimento das Organizações Sociais de Saúde (OSS) em determinados hospitais do Estado ressaltando que, durante o mandato, tratará a saúde de forma diferenciada e que vai continuar o diálogo com os servidores juntamente com o secretário da pasta. “As OSS, em determinados hospitais, não estão fazendo o atendimento digno. Mato Grosso vai mal na questão financeira, é uma situação preocupante. Mas a vinda minha aqui para dar o apoio ao secretário de Saúde para que ele possa resolver esta situação”.
Embora o novo gestor tenha destacado, durante o discurso aos servidores, que não retirará as Organizações Sociais de Saúde (OSS) de imediato, o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Saúde e do Meio Ambiente (Sisma-MT), Oscarlino Alves, disse que a categoria dará um voto de confiança ao governador, mesmo que um dos principais itens do grupo seja o cancelamento dos serviços das OSSs, devido à ineficiência das atividades em frente à saúde.
“O primeiro item da pauta de reivindicação exige retirada das OSS e dos controles das unidade de saúde que é de competência do trabalhador. Esta provado em nível nacional este desmonte do SUS com a privatização não funciona, o negócio é saúde pública 100% pública”.
Durante a reunião no gabinete do secretário Marco Aurélio Bertúlio Neves, que durou em média uma hora e meia, o governador discutiu as principais problemáticas do setor e também sobre a questão das liminares. “Falamos a respeito do sistema de regulação, dos hospitais regionais, da indústria de liminares que no Estado também age muito forte. Já tivemos conversas com o presidente do Tribunal de Justiça, procurador-geral, com a Defensoria Pública para tratar da questão das liminares”.
Taques detalhou a questão das liminares, que vem acompanhando desde a transição. Além disso, o pedetista respondeu a perguntas de alguns servidores, que pontuaram agravantes do setor. “Foram quase R$ 100 milhões no ano passado a respeito das liminares, desde a transição já tratamos disso. Mais do que isso, é ouvir o servidor e trazê-los para este momento que Mato Grosso vive”.
Em uma análise, Taques destacou que a saúde do Estado vai mal e enfatizou atrasos no repasse de verbas aos municípios. “A situação é caótica. Hospitais regionais funcionando em precárias condições. Servidores públicos desmotivados. Nós temos aí atrasos nos repasses nos meses de outubro, novembro e dezembro para os municípios que importam quase R$ 35 milhões. Temos que resolver isso”.
Bertúlio enfatizou a fala de Taques e disse que este é um momento importante para que a pasta busque por avanços no setor, com o diálogo direto com os servidores. “A Secretaria de Saúde, hoje, tem a capacidade de resolver o problema. Os profissionais precisam ter oportunidade e nós queremos construir junto com os servidores que conhecem a população e sabem como enfrentar. Então, acho que este é um momento ímpar e acho que este é um diferencial da gestão daqui para frente”.