
A escolha do gabinete de Maggi para realização do encontro também tem sua razão de ser. O senador goza de prestígio junto à presidente Dilma Rousseff (PT), sendo assim visto como peça fundamental na batalha por melhorias para o Estado. Mato Grosso contará ainda com o reforço político do coordenador da bancada do Centro-Oeste, senador Wellington Fagundes, também dos quadros republicanos. Fagundes coordenou a campanha à reeleição de Dilma no Estado. Conquistou assim mais proximidade no Palácio do Planalto, favorecendo o campo das articulações. Ontem, o republicano disse que “primeiro quer ouvir o governador Pedro Taques, para na sequência definir uma lista de prioridades para o Estado”. Recentemente, Taques participou de uma reunião ampliada em Goiânia com governadores de quatro dos sete maiores estados produtores de etanol do país. Ele defendeu a união entre os entes federados para que sejam exigidas melhorias junto ao governo federal para o setor sucroenergético.
Assinaram uma carta com as principais reivindicações a serem encaminhadas à presidente. Naquela ocasião, o governador também defendeu a cobrança do recebimento dos recursos arrecadados com a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), que incide sobre os combustíveis. Do total de 29% da arrecadação que não são repassados pelo governo federal aos estados, 25% deveriam ser remetidos às cidades de acordo com o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). PACTO FEDERATIVO – A revisão do Pacto Federativo voltará ao campo dos debates no Congresso, devendo ser avaliado pela bancada. Senador Wellington Fagundes disse que “as reivindicações dos municípios do país, e especialmente de Mato Grosso, precisam ser levadas em consideração pelo governo federal em que pese o momento delicado da economia nacional. Por isso se torna tão importante a discussão sobre o Pacto Federativo. Precisamos ter uma justa distribuição dos recursos para estados e municípios”.
A grande discussão sobre o “Pacto Federativo” ocorre porque ao longo dos anos a União ampliou sua margem de domínio sobre o bolo geral dos recursos públicos. Ao mesmo tempo, municípios passaram pelo processo da chamada descentralização dos serviços, sem ter a devida contrapartida da verba pública. É nesse sentido que se baseia a batalha de municípios e estados para ampliar os percentuais de repasse do FPM e do Fundo de Participação dos Estados (FPE).


