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Taques reúne provas de desvio de R$ 300 milhões da Sudam de Mato Grosso

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O procurador da República no Estado do Mato Grosso, Pedro Taques, já reuniu provas contundentes mostrando o envolvimento do deputado federal Jáder Barbalho (PMDB-PA) nas fraudes que resultaram no desvio de mais de R$ 300 milhões dos cofres da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) apenas em projetos aprovados no Mato Grosso.

Jáder Barbalho tem, segundo o procurador Pedro Taques, ligações comprovadas com o maior fraudador da Sudam, empresário José Osmar Borges, de Mato Grosso, acusado pelo Ministério Público Federal de ter desviado mais de R$ 130 milhões de incentivos fiscais do Fundo de Investimentos da Amazônia (Finam).

“Os inquéritos que mais avançaram na direção de Jáder Barbalho são os do Mato Grosso”, reconhece o procurador-chefe da República no Pará, Ubiratan Cazzetta. José Osmar Borges, segundo apurou o Ministério Público e a Polícia Federal, tem profundas ligações com Jáder e seus apadrinhados, principalmente o ex-superintendente da Sudam, o hoje deputado estadual pelo PMDB, Arthur Tourinho, presidente do Paysandu. Borges chegou a depositar R$ 50 mil, em cheque nominal, nas contas de Tourinho.

São inúmeras as evidências. Por exemplo: José Osmar Borges associou-se à mulher de Jáder, Márcia Zaluth Centeno, na fazenda Campo Maior. Borges entrou com R$ 1,7 milhão e Márcia Centeno com R$ 270. Posteriormente, a fazenda Campo Maior foi incorporada pela Agropecuária Rio Branco, a holding de Jáder, por um valor declarado de R$ 600 mil. A Polícia Federal trabalha com a possibilidade de que a fazenda Campo Maior foi, na realidade, “doada” por Osmar Borges ao deputado.

Jáder Barbalho disse, em pronunciamento no Senado, que tinha tido poucos contatos com José Osmar Borges. Com a quebra de seu sigilo telefônico, a Polícia Federal e o Ministério Público descobriram mais de 240 ligações trocadas entre os dois no período em que ocorreram as fraudes na Sudam.

O Ministério Público no Mato Grosso, segundo a revista “Veja”, descobriu dois cheques de José Osmar Borges, do Banco da Amazônia (Basa), depositados em conta do jornal “Diário do Pará”, de Jáder Barbalho, num total de R$ 150 mil. O dinheiro seria “antecipação de publicidade”.

Borges teve vários projetos incentivados pela Sudam elaborados pelo escritório de contabilidade da contadora Maria Auxiliadora Barra, que por coincidência comprou um imóvel da família Barbalho e foi responsável pela elaboração do projeto do ranário Touro Gigante, de propriedade da mulher de Jáder, Márcia Centeno.

O Ministério Público investiga a remessa de US$ 120 mil por José Osmar Borges, através de contas CC-5, para uma conta que pertenceria a Jáder Barbalho num paraíso fiscal europeu. A denúncia foi publicada pelo “Jornal do Brasil”.

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