sexta-feira, 17/maio/2024
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Taques quer saber quem fraudou protocolo de ex-secretário estadual

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O governador Pedro Taques (PSDB) quer saber quem adulterou o protocolo que foi aberto pelo promotor de Justiça Mauro Zaque no dia 14 de outubro de 2015, quando este ainda era secretário de Estado de Segurança Pública e denunciou ao chefe de Estado a existência de um esquema de interceptações telefônicas clandestinas por parte de policiais militares de alta patente.

Após o escândalo vir à tona no início do mês de maio, Taques admitiu ter recebido um processo com protocolo do dia 8 de outubro de 2015, que foi encaminhado ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) para apurar a suposta “grampolândia” na Polícia Militar (PM), mas negou ter recebido o documento do dia 14 de outubro daquele ano e acusou Mauro Zaque de ter fraudado o documento.

Na semana passada, a Controladoria Geral do Estado, após realizar uma correição, apontou que não houve fraude por parte do promotor, mas sim de algum servidor lotado no sistema de protocolos da Casa Civil, que alterou os dados no número do ofício original, que acabou não chegando ao conhecimento do governador.

“Eu determinei que fosse feita uma correição em cima disso e a Controladoria entendeu que houve fraude. Agora, eu quero saber o seguinte: quem fez isso! Eu quero saber quem fez e o que não fez”, disse Taques em entrevista à Rádio Capital FM, ontem.

Ao mesmo tempo, o governador também questionou o motivo pelo qual o então secretário de Segurança Pública não protocolou o documento na Casa Civil, como seria o correto, ao invés de tê-lo feito no protocolo geral, o que seria incorreto pelo fato de se tratar de assunto sigiloso. “Por que ele não protocolou em mãos? Eu não sei o que ele protocolou”.

O governador também criticou o fato de Mauro Zaque ter protocolado o segundo documento no mesmo dia em que recebeu de Taques a incumbência de levar ao Gaeco a primeira denúncia sobre os grampos na modalidade “barriga de aluguel”, que estariam ocorrendo no bojo de um processo judicial de interceptação telefônica, relacionado a uma quadrilha atuante no presídio de Sinop.

“O doutor Mauro Zaque protocolou com meu chefe de gabinete José Arlindo no dia 8 de outubro, em mãos. O que eu fiz? Remeti ao Ministério Público. Eu remeti pelo Correio, pelo WhatsApp? Não. Eu entreguei nas mãos do promotor Mauro Zaque, no dia 14 de outubro, para ele levar ao Gaeco. Eu não mandei pra Corregedoria da Polícia, mandei ao Gaeco. Agora, o que o Gaeco fez, por que fez, eu não sei.

Cabe ao Ministério Público responder, não cabe a mim responder isso. Eu cumpri o meu dever constitucional. No dia 14, no mesmo dia que ele [Mauro Zaque] recebeu o que eu pedi pra ele levar ao Gaeco, ele protocola outro lá na porta, onde ficam os carros antigos”, contou o governador.

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