Com a proximidade das eleições em outubro e com o desejo declarado de reeleição, o governador Pedro Taques (PSDB) intensificou suas ações nas redes sociais para rebater críticas dos adversários políticos. Ontem à noite, após nova repercussão nacional sobre as obras inconclusas do VLT em Cuiabá, ele postou novo, e longo, texto dizendo que não vai simplesmente contratar uma nova empresa para concluir o trabalho e deixar os erros do passado impunes. Segundo ele, a contratação será feita por uma nova licitação que está sendo preparada.
“Nossa gestão não fará nada errado, embora muitos defendam que o Estado devesse contratar outra empresa, despejar mais dinheiro, e deixar o que passou no passado. Eu não farei isso. O mais importante é que quem roubou do VLT está sendo responsabilizado e, agora, o Poder Executivo tem segurança para lançar a nova licitação. É o que estamos fazendo”, afirmou sem definir novas datas logo após justificar que todo o processo correu durante a gestão de Silval Barbosa como preparativo para a Copa do Mundo em Cuiabá.
“No final do governo Silval Barbosa, em dezembro de 2014, o consórcio contratado paralisou as obras do VLT alegando falta de pagamento. Eleito governador, em outubro do mesmo ano, assumi dois compromissos com a população: não jogar a poeira para debaixo do tapete e concluir a obra. Desde então, não paramos de trabalhar para resolver uma série de erros e prejuízos”, completou.
Em tom de campanha eleitoral, Taques devolveu as críticas acusando seus adversários de oportunismo e dizendo que ainda não cumpriu a promessa de concluir os trabalhos porque pretende fazer o processo dentro da legalidade.
“Agora, chega o período eleitoral, e aparecem os discursos oportunistas. Já ouvi gente dizendo que fui incompetente e até que eu atuei para manter a empresa envolvida em corrupção. O mesmo grupo que não cuidou das nossas finanças, que pagou meio bilhão por 40 vagões sem os trilhos construídos, agora cobra uma solução imediata do VLT que deveria estar pronto antes mesmo de me tornar governador? Já não temos mais tempo para oposição irresponsável. Mato Grosso não precisa de mais gente para engrossar o coral de quem só grita, aponta o dedo, mas não oferece solução”, declarou.