O governador Pedro Taques participou, hoje, da reunião da diretoria da Associação Brasileira de Indústria Têxtil (Abit), em São Paulo. Mato Grosso é responsável por produzir 58% do algodão do país e possui um grande potencial para a verticalização, apesar dos entraves de logística de produção. Na busca por novos investimentos, o governador adiantou que o Estado está contratando a Fundação Getúlio Vargas para ajudar a elaborar a reforma tributária e que esta já é a segunda etapa do planejamento.
Segundo Taques, a primeira fase do governo foi de organizar a casa e fazer a reforma administrativa. Dois mil cargos foram extintos e o governo está investindo em tecnologia para monitoramento dos resultados. “Estamos fazendo uma gestão profissional, com metas a serem perseguidas e cumpridas. Agora já está em curso a reforma tributária para criar o ambiente negocial que todos precisamos. Estamos organizando a casa para organizar os negócios”.
Pedro Taques também lembrou à diretoria da Abit que está em curso a mobilização de governadores do Brasil Central (MT, MG, DF, GO, TO) para a defesa de uma pauta única e organizada. Esses Estados vão trabalhar em conjunto para incentivar o empreendedorismo.
Apesar da crise financeira atual, Taques ressaltou que é um otimista e destacou que, apesar das dificuldades econômicas, Mato Grosso continuará crescendo. “Como falar em investimentos em momento de crise no Brasil? Eu sou um otimista. Mato Grosso precisa ser olhado com mais atenção e nós temos todo interesse em recebê-los. Estamos criando as condições necessárias para bem recebê-los”.
O governador citou ainda que Mato Grosso trabalha uma pauta estratégica para acessar o mercado consumidor da Bolívia e observou que o Estado trabalha para realizar em conjunto com o vice-presidente da República, Michel Temer, um evento para integrar governo brasileiro e boliviano.
O presidente da Abit, Rafael Cervone, lembrou a importância de Mato Grosso, o maior produtor de algodão do Brasil, para o setor Têxtil. “Sempre um prazer ouvi-lo pela sua clareza e liderança. Um dos problemas é justamente a falta de horizonte, de mudanças das regras do jogo. Não queremos apenas saber de redução de gastos dos governos, mas como o Brasil pode ajudar a indústria. É bom saber que o governador tem visão estratégica para o futuro, já que Mato Grosso é um estado muito importante para este nosso setor”.
Rafael Cervone destaca que a reunião foi produtiva. “Vamos trabalhar neste projeto viável de transformar Mato Grosso nesse polo têxtil. Já temos grupos de investidores interessados, inclusive de outros países”.
O vice-presidente da Associação, Ivan José Bezerra de Menezes, avalia que Mato Grosso tem tudo para ser um polo têxtil completo. “Temos matéria prima na ponta, precisamos de pequenos ajustes para tornar o mercado local mais atrativo. Com a pró-atividade da gestão, conseguiremos desenvolver um bom trabalho no Estado”.