O governador Pedro Taques foi empossado, hoje, presidente do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento do Brasil Central. Durante a cerimônia, em Brasília, ele defendeu a união dos Estados para tornar a região mais competitiva e afirmou que irá cobrar mais ações do Governo Federal para áreas de infraestrutura e também políticas econômicas de desenvolvimento. "Assumo com algumas tarefas, uma delas é fincar a nossa bandeira e mostrar que o consórcio pode, deve e fará prospecções de negócios internacionais com o auxílio do Itamaraty, mas com autonomia", pontuou Taques.
Os seis Estados que compõem o consórcio são responsáveis por praticamente metade da produção agrícola do país. Juntos, produzem quase 50% da soja, 83% do milho e 60% da carne. E boa parte dessa produção é exportada. Enquanto as exportações brasileiras cresceram 36% nos últimos 10 anos, as exportações desses Estados cresceram 154% no mesmo período.
Durante dois anos, o governador do Estado de Goiás, Marconi Perillo presidiu o consórcio e destacou alguns projetos estratégicos realizados desde a criação da iniciativa, em 2015, entre eles a integração e promoção do turismo na região, programa de modernização e eficiência da gestão, plano de desenvolvimento econômico integrado, plano integrado do eixo de logística e infraestrutura, entre outros. “Para mim é uma honra entregar a presidência do Brasil Central a um homem honrado como o governador Pedro Taques, uma pessoa comprometida com o desenvolvimento de nossa região”, parabenizou o governador de Goiás, Marconi Perillo.
A agenda internacional do Brasil Central foi um dos principais produtos apresentados pelo Consórcio, com propostas de abertura em mercados externos. Diante disso, o Ministério de Relações Exteriores abriu as portas do Itamaraty para a realização do evento, oferecendo um jantar que contou com a presença do presidente Temer. O ministro Aloysio Nunes elogiou a iniciativa de criação do Consórcio e afirmou que o Governo Federal quer ser um elo na cadeia de relações internacionais construída pelo consórcio. “O Ministério das Relações Exteriores está à disposição destes Estados, que buscam alicerçar seu progresso no conhecimento, na educação, no desenvolvimento. Desejo que o novo presidente, Pedro Taques, tenha sucesso e leve adiante essa empreitada”, disse o ministro das Relações Exteriores.
Dentre os mercados que o consórcio deve iniciar as tratativas estão a União Europeia, Japão, Coreia do Sul, China e os países da América do Sul. Já o Canadá, México, Suíça e Noruega são países que já estão em fase de negociação. Dos nove citados, Mato Grosso já dialoga com os países da América do Sul, Canadá e o mais recente, China, que recebeu uma missão mato-grossense liderada pelo governador do Estado no final de 2017.
Como parte da programação do Brasil Central, uma mesa redonda teve como tema principal as oportunidades e desafios para o Brasil Central no contexto internacional. Alguns governadores foram unânimes ao destacar que uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos Estados sejam relacionadas a infraestrutura e logística.
“Em Mato Grosso precisamos construir 8 mil quilômetros de estradas, o que custará aproximadamente R$ 8 bilhões. No entretanto nós não temos este dinheiro. A alternativa surgiu através de parcerias, mais precisamente concessões”, disse Taques lembrando das recentes concessões de rodovias realizadas em fevereiro na Bolsa de Valores B3, com um investimento de R$ 900 milhões e também da concessão de outros cinco aeroportos do estado, entre eles o de Cuiabá, Alta Floresta, Barra do Garças, Sinop e Rondonópolis.
A informação é do Gabinete de Comunicação.