Questionado sobre as supostas irregularidades cometidas no Ministério do Trabalho, sob o comando do pedetista Carlos Lupi, o senador mato-grossense Pedro Taques (PDT) foi taxativo em sua resposta. "Os fatos são graves e a sociedade merece resposta. Não me interessa o partido, pode ser até o PDT, precisamos de resposta", ressaltou por meio de sua página pessoal.
Desde antes de ser eleito senador, Taques sempre priorizou seu discurso contra a corrupção no país. E foi com discursos duros, e até algumas medidas em instancias superiores, que foi para cima de outros ministros acusados de corrupção como Antônio Palocci (PT) e por último com o ex-ministro dos Esportes, Orlando Silva (PCdoB).
De acordo com o blog do jornalista da Folha de São Paulo, Josias de Souza, o senador mato-grossense, para manter a coerência, deve se aliar a outros pedetistas para apresentar uma representação à Procuradoria da República pedindo investigações sobre a pasta que Lupi comanda, desde a gestão Lula.
A denúncia, publicada pela revista Veja desta semana, é de que há um descontrole nos convênios do Ministério do Trabalho com ONGs. A revista noticiou que servidores do ministério cobrariam propina para fazer processos andarem na pasta, Lupi afastou o assessor especial Anderson Alexandre dos Santos, coordenador-geral de Qualificação, acusado de ser o operador do suposto esquema. Por meio de nota, Lupi disse que "não compactua com nenhum tipo de desvio de recursos públicos" e mandou abrir sindicância para apurar as irregularidades.