O senador Pedro Taques (PDT) voltou a abordar, na tribuna do Senado, a questão da crescente onda de violência em Mato Grosso que trouxe como um dos reflexos mais recentes a morte de uma estudante e um policial, em Cuiabá. Ao prestar solidariedade às famílias das vítimas de homicídio, o parlamentar aproveitou para cobrar, novamente, do governo estadual uma política de segurança consistente que leve em conta investimentos e, acima de tudo, planejamento.
“Minha solidariedade às famílias dos policiais militares de MT que ‘tombaram’ no exercício de suas funções, nos últimos dias: Danilo César Fernandes, Claudemir Gasparetto e Jeferson de Souza Wilker. Quando um servidor público morre no exercício da função, parte do Estado também morre. Também quero prestar minha solidariedade aos familiares da jovem Karina Fernandes Gomes, morta ontem durante uma tentativa de assalto em Cuiabá. A segurança pública em Mato Grosso é vergonhosa”.
Segundo informações da assessoria de imprensa, Taques lembrou que os problemas no Estado começam com o baixo efetivo e ausência de política de valorização dos profissionais. Ele observa que Mato Grosso ocupa o 13º lugar no ranking brasileiro sobre homicídios e tem um déficit de 60% no efetivo das Polícias Civil e Militar.
“Nós temos 6,8 mil policiais militares. Alguns levantamentos mostram que o número de policiais militares hoje no nosso Estado é mais ou menos o mesmo número daquele momento histórico em que o senhor foi Governador, de 1990 a 1994. Há vinte anos, era o mesmo número de policiais, e a população do Estado de Mato Grosso, em dez anos, cresceu 27%. Imagine em 20 anos!”, afirmou Pedro Taques, em aparte ao senador Jayme Campos que também tratava do assunto em Plenário.
Debate – sob relatoria do senador Pedro Taques, a comissão criada no Senado para analisar projetos de lei que tratam de segurança pública terá mais 90 dias para a conclusão dos trabalhos.
Com a prorrogação, que estende o prazo até 10 de maio, novas audiências públicas serão realizadas para esclarecer pontos específicos. Os membros do colegiado buscam apoio do governo, do Ministério da Justiça e dos órgãos de segurança para a formulação de um novo Plano Nacional de Segurança Pública.