O governador Pedro Taques dá claros sinais, a cada dia, de que não deve mesmo permanecer nos quadros do PDT. Na semana passada, o gestor estadual se reuniu com os senadores pedetistas José Antônio Machado Reguffe e Lasier Martins para traçar uma estratégia de viabilização de sua desfiliação do atual partido.
O presidente nacional do partido, Carlos Lupi, tenta dissuadir o mato-grossense da ideia e chegou até a visitar a capital Cuiabá, no mês passado, na tentativa de “aparar as arestas” entre Taques e o presidente regional do partido, deputado estadual Zeca Viana. No entanto, a conversa não surtiu muito efeito, já que Taques vem assumindo publicamente a possibilidade de mudar de partido.
Esta situação também ganha maior vulto com as informações de bastidores de que as conversações entre ele e a direção do PSB estariam bastante adiantadas. O convite para que Taques se filie a este partido foi realizado pelo presidente regional do partido e prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes.
Taques se mostra descontente com o partido por dois motivos: o primeiro é a atual péssima relação com o presidente regional de seu partido. Viana passou a criticar o governador após acusar este de interferir na eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. O segundo seria o partido ainda fazer parte da base aliada da presidente Dilma Rousseff (PT), já que ele, como senador, foi um dos maiores críticos dela. Inclusive, durante a eleição passada, Taques apoiou o candidato derrotado à presidência, senador Aécio Neves (PSDB), enquanto seu partido apoiou a reeleição de Dilma.