O senador Pedro Taques (PDT) criticou o presidente do Senado, Renan Calheiros, de admitir a ampliação das denúncias a serem investigadas pela CPI da Petrobras. A posição de investigar, ao mesmo tempo, denúncias envolvendo a Petrobras e contratos dos metrôs de São Paulo e do Distrito Federal ainda vai passar pelo exame da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Taques questionou a “manobra” dos petistas e aliados de Dilma, afirmando que as denúncias contra a Petrobras precisam ser investigadas sem que o foco seja desviado. “O metrô precisa ser investigado, sim. A Petrobras também precisa ser investigada. Mas, uma coisa não pode ser misturada com outra. Com todo respeito, o regimento interno desta Casa está inviabilizando o que manda a Constituição da República”, afirmou o parlamentar.
Para ele, o direito das minorias de propor investigação – que está assegurado pela Constituição – não pode ser subtraído. Na avaliação do mato-grossense, tendo ampla maioria, o governo poderia propor outra CPI para investigar as denúncias envolvendo os metrôs, ao invés de tentar impedir as investigações sobre irregularidades na Petrobras.
“Assinei todos os pedidos de CPI e continuarei assinando porque acredito que este é um importante instrumento de fiscalização dos atos do Executivo e uma das nossas principais atribuições. Eu sou senador da República e, não, senador da presidência da República.”, afirmou Pedro Taques.
Taques acompanhou senadores de vários partidos que foram protocolar na Procuradoria Geral da República (PGR) representação pedindo que o Ministério Público investigue a atuação da presidente Dilma Rousseff no episódio da compra da refinaria “Pasadena Refining System Inc. (PRSI)”, em 2006, pela Petrobras. A operação teria resultado em um prejuízo de aproximadamente um bilhão de dólares, o que impactou no balanço da empresa, afetando sua capacidade de investimento, informa a assessoria.