O governador Pedro Taques defendeu, esta tarde, no encontro com a presidente Dilma, "estrategicamente alguns investimentos para o Estado. Um exemplo são o R$ 1,5 bilhão de operações de crédito que estão contratadas, mas estão paradas no Ministério da Fazenda. Recebemos o sinal de que é possível a liberação desses empréstimos”, afirmou, ao final da audiência com 27 governadores onde Dilma tratou de medidas contra a crise e para governadores ajudarem, com suas bancadas, a não serem aprovados projetos que aumentem gastos públicos.
Taques informou que convidou a presidente e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para participarem da segunda reunião dos governadores do Brasil Central que acontecerá na próxima sexta-feira (07), em Cuiabá.
O governador solicitou que os Estados também possam participar das discussões inerentes ao ajuste fiscal, proposto pela União para equilibrar as contas públicas. Ele considerou que a abertura de diálogo com os governadores foi o ponto mais importante do encontro. “Não há como falar de federação com um presidencialismo imperial, tendo só uma pessoa decidindo”, declarou o governador.
Apesar da crise econômica que afeta o país, a presidente Dilma afirmou que o governo tem condições de se reerguer e a primeira medida a ser tomada para reduzir os impactos do atual momento é a contenção da inflação, fato que, conforme pontuou, criará bases para o que chamou de “novo ciclo de expansão sustentável para o crédito”.
Dilma também propôs que seja estabelecida uma cooperação federativa entre o Governo Federal e os Estados em prol da segurança, especialmente no que diz respeito aos homicídios, uma vez que o Brasil lidera os rankings mundiais. “Sabemos que muita coisa ainda precisa melhorar porque nosso povo está sofrendo. Nós devemos cooperar cada vez mais, independentemente das nossas afinidades políticas”, afirmou.
Para Taques, a proposta de cooperação da presidente é possível. Mas, ressaltou que é preciso pensar em mão dupla, em que um ajuda o outro para que possa dar certo.
O governador espera que, em agosto, o governo federal cumpra a promessa de pagar R$ 400 milhões do FEX (auxílio do fomento as exportações) que estão atrasados, desde o ano passado.